Preocupação
Aplicativo com 'botão do pânico' será criado para escolas do Rio
Ferramenta deve começar a funcionar entre 30 e 60 dias
O governador Cláudio Castro (PL) anunciou, na tarde desta quinta (30) a criação de um comitê interdisciplinar para combater a violência em escolas do estado do Rio.
Além disso, Castro também disse que um aplicativo, chamado Rede Escola, vai ser disponibilizado nas unidades públicas e privadas de ensino do estado e do município, com acesso de estudantes e professores. A expectativa é que a ferramenta comece a funcionar entre 30 e 60 dias.
“A gente já vem se preocupando muito e a gente já vem conversando sobre as operações perto de escolas. Por isso a PM apresentou hoje a proposta do aplicativo Rede Escola com botão de pânico, com a possibilidade dos alunos acessarem rapidamente as forças de segurança. Deve estar no ar de 30 a 60 dias”, informou o governador.
Cláudio Castro (PL) ainda falou sobre a prioridade de ter um local seguro para as crianças e adolescentes.
“Eu falei esse ano que a prioridade seria a educação, e vem sendo. Um ambiente escolar seguro, sadio, em que o aluno tenha prazer em estar nas escolas, é isso que a gente busca hoje”, completou.
Outra medida anunciada é a criação de um grupo de trabalho, na área de inteligência da Polícia Civil, para apuração de casos de incitação à violência em escolas nas redes sociais. Essas ações serão complementadas com os programas já existentes, como a Patrulha Escolar e o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), ambos da Polícia Militar, e o Segurança Presente, da Secretaria de Governo.
"Estamos vivendo um momento de reflexão que requer ação imediata não só do poder público, mas de toda sociedade. Queremos uma cultura de paz nas escolas que combata as diversas formas de violências. Neste aspecto teremos ações tecnológicas, administrativas e de formação da comunidade escolar – afirma a secretária estadual de Educação, Roberta Barreto.
Novo recurso deve começar a funcionar entre 30 e 60 dias
Operação
O governador também comentou sobre a ação que acontece nesta quinta (30) em comunidades do Complexo da Penha, na Zona Norte, além das últimas ações nas comunidades que acabam fechando escolas nas favelas do Rio.
"Essa é a nossa luta de sempre. Avisamos que o Rio seria uma universidade do crime caso não agíssemos e fomos criticados por isso. A gente vai aumentar esse diálogo com os municípios para que a gente consiga proteger as escolas, principalmente as crianças. A intenção é ouvir os profissionais de educação, eles tem à experiência de dentro da escola, então com essa integração a gente visa deixar as escolas menos vulneráveis", disse.
Morte de professora
Nesta semana, o caso da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morta após ser esfaqueada por um aluno, de 13 anos, em São Paulo, durante um ataque na escola estadual Thomázia Montoro, teve comoção nacional.
Ao todo, quatro professores e dois alunos foram feridos no ataque. O adolescente foi apreendido.
Na Zona Sul do Rio, um aluno de 15 anos da Escola Municipal Manoel Cícero, na Gávea, tentou agredir outros estudantes com golpes de faca na última terça-feira (28).
De acordo com a Polícia Militar (PM), uma unidade da Patrulha Escolar do Batalhão do Leblon foi enviada para a escola, localizada na Praça Santos Dumont, após o ocorrido, e “o aluno foi contido por funcionários da unidade". O agressor se feriu na cabeça, sem gravidade, e foi levado pelos policiais militares ao Hospital Municipal Miguel Couto, no bairro da Gávea. A investigação está em andamento na 15ª DP (Gávea).
Estiveram na reunião o secretário municipal de educação Renan Ferreirinha, a secretária estadual de educação Roberta Barreto, o secretário de Polícia Militar coronel Henrique Pires, secretário da Polícia Civil Fernando Albuquerque, entre outros secretários.
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