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    Após aumento na venda de ovos, processo de produção é acelerado no Rio

    Publicado 26/05/2021 às 10:03 | Autor: Plantão Enfoco
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    |  Foto: Foto: Governo do Estado
    O Estado do Rio se destaca por ser o segundo maior mercado consumidor de ovos no país. Foto: Governo do Estado

    Com a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 e o aumento do preço da carne bovina, o ovo tornou-se protagonista na mesa dos brasileiros. Diante do cenário de aumento na demanda, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, tem auxiliado no processo de aceleração da produção de ovos no Rio de Janeiro.

    De acordo com José Henrique Carvalho Moraes, gerente de pequenos e médios animais da Emater-Rio, empresa responsável pela assistência técnica e extensão rural no Estado, em 2020, houve uma geração de R$ 78,2 milhões para 2.848 produtores de ovos fluminenses. Esse montante não inclui as cadeias secundária (de embalagem e transporte) e terciária (que comercializa o alimento).

    "Para fomentar a produção do ovo, a Emater promove capacitações, cursos e assistência técnica aos agricultores familiares avicultores orientando-os para o aumento da produtividade biosseguridade na avicultura, ou seja, medidas que evitam a entrada e propagação de doenças, garantindo a segurança dos alimentos e saúde dos animais, bem como o bem estar dos trabalhadores" explicou o médico-veterinário José Henrique.

    O produtor rural Júlio Célio de Oliveira Velasco, de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, sentiu sua demanda aumentar e conseguiu acelerar a produção de ovos por meio do Programa Prosperar, da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento. O projeto que dá incentivo aos produtores tem o objetivo de fortalecer a agroindústria de base familiar, gerando novas oportunidades de trabalho e desenvolvimento no interior do estado, com a capacitação, legalização e profissionalização de agroindústrias familiares, além de possibilitar linhas de crédito

    "Eu iniciei minhas atividades em 2015 e, em 2018, nós estávamos passando por muitas dificuldades no setor. Tínhamos apenas a permissão para comercializar os produtos dentro do município. Em 2019, conseguimos o selo por meio do programa Prosperar para comercializar em todo o estado e, desde então, a produção cresceu bastante. Eu produzia 980 ovos por dia e passei a produzir 2.500. Durante a pandemia e com o aumento do preço da carne, a demanda aumentou ainda mais e, agora, produzimos 4 mil ovos por dia", explicou o produtor.

    Jeferson de Souza Couto, proprietário do Sítio Canaã, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, conseguiu a legalização do seu negócio também por meio do programa Prosperar. Ele angariou mais compradores e produz cerca de 1.200 ovos por dia.

    "Legalizar a minha granja foi muito importante para mim. Agora já posso ampliar a produção porque tenho mais demanda, posso oferecer meu produto em diversos mercados com garantia de qualidade" afirmou.

    O secretário de Agricultura, Marcelo Queiroz, ressaltou a importância de viabilizar meios para que produtores consigam atender as necessidades do mercado.

    "O Estado do Rio se destaca por ser o segundo maior mercado consumidor de ovos no país. A cultura do ovo sempre esteve presente na mesa dos fluminenses. Não só por ser um alimento acessível, ele também é rico em proteínas. A Secretaria de Agricultura está sempre atenta e viabiliza incentivos aos produtores para que a produção seja sempre destaque no mercado", enfatizou.

    Segundo a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), os supermercados fluminenses registraram aumento de 22% na venda de ovos nos últimos 60 dias. Em média, cada brasileiro come 251 ovos ao longo de um ano. É um volume recorde, alcançado em 2020, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera a média mundial, que é de 230 ovos por pessoa, anualmente. Dados da ABPA indicam que, em 2021, a produção brasileira de ovos pode aumentar 5% frente ao projetado para 2020, passando para 56,2 bilhões de unidades. O consumo, por sua vez, pode ser de 265 unidades per capita durante o ano, 6% a mais do que o previsto para 2020.

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