Após briga no Plaza, ambulantes nos corredores viram polêmica

Após uma briga entre vendedores ambulantes causar tumulto e correria no Plaza Shopping, em Niterói, os consumidores que circulam por centros comerciais da cidade demonstraram insatisfação com o fato de serem abordados pelos corredores e até dentro de lojas desses empreendimentos, incluindo o Bay Market. 

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A pensionista Cláudia Regina, de 52 anos, acredita que deveria haver um espaço específico para que esses ambulantes pudessem vender nas ruas.

"Deveria ter esses espaço para esses vendedores ambulantes. Mas os donos de lojas nos shoppings também deveriam ser respeitados, já que eles pagam aluguel para vender nesses empreendimentos", afirmou ela, acrescentando que busca ajudar esses vendedores ambulantes comprando uma bala e, com isso, incentivando a continuarem trabalhando de forma honesta. 

Para a doméstica Sueli Bravo, de 68 anos, os ambulantes têm o direito de vender seus produtos, mas não dentro das lojas. Ela já passou por experiências do tipo em shoppings e não gostou.

"Eles têm o direito de vender, mas não dentro das lojas dos shoppings. Eu não acho legal, atrapalha a gente comprando as coisas e quem quer comprar uma bala compra aqui fora. Já me ofereceram balas quando eu pagava minhas compras em loja e não é legal", relatou.

Marco Aurélio Pereira, de 66 anos, taxista há mais de 30, contou que essas abordagens no interior dos shoppings de Niterói ocorre de forma mais intensa há cerca de 3 anos.

"Eu sou abordado por eles, mas isso faz com que a gente (cliente) deixe de vir ao Plaza, porque somos importunados. Tudo sem seu limite. Alguns são até menores", contou. 

Débora Macedo, de 19 anos, se mudou para o Rio nesta terça-feira (13) e, no seu primeiro dia nos shoppings em Niterói, nesta quarta-feira (14), já viu os ambulantes nos shoppings.

"Não é conveniente eles venderem lá dentro porque já tem quem venda. Mas, para eles não saírem perdendo, eles deveriam fazer pontos de venda aqui fora e aí todo mundo ganha!", opina ela. 

O entregador Gabriel Henrique da Silva, de 22 anos, acredita que os rapazes atuam de forma honesta. "Eu sempre vejo esses vendedores, mas não os vejo incomodando ninguém. Tem gente que gosta e não, mas não acho que eles estão errados", avalia.

Procurado pelo ENFOCO, o Plaza Niterói informou que "conta com o projeto socioassistencial Espaço Plaza Cuida da Gente, voltado para crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. A proposta consiste em abordar, acolher e fazer o encaminhamento desses jovens à rede de proteção da Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária".

Como parte do programa, o Plaza inaugurou, em 2022, uma sala lúdica, no G1, onde são oferecidas atividades culturais e diversas opções de jogos para entreter o público-alvo.

Ainda de acordo com a nota, o shopping trabalha de maneira articulada com o Conselho Tutelar e Centros de Referência Especializados da Assistência Social visando a somar forças com outras políticas públicas sobre o tema. Também são realizadas campanhas de sensibilização de lojistas e clientes.  A venda desses produtos no estabelecimento, no entanto, não é autorizada. 

"O Plaza está de portas abertas para receber todos os clientes. A venda de produtos dentro do shopping, no entanto, por vendedores ambulantes, é que não é permitida, assim como em qualquer estabelecimento comercial. Isso ocorre em respeito a lojistas, que pagam aluguéis", frisou.

O Bay Market também informou que é proibida a venda ambulante no shopping. "Essa política visa garantir um ambiente confortável para nossos clientes. Nossa equipe de segurança recebe treinamento constante para zelar pela segurança de todos os frequentadores do shopping. Estamos comprometidos em fornecer um ambiente seguro e tranquilo, onde os clientes possam desfrutar de suas experiências de compra e lazer com tranquilidade. Em colaboração com as instituições públicas, temos um compromisso de garantir um ambiente seguro e agradável para todos".

O Itaipu Multicenter disse que não há a presença de ambulantes em seu estabelecimento comercial. 

Sobre a briga que ocorreu na terça-feira (13), o Plaza explicou que "repudia qualquer ato de violência e age de modo a garantir a segurança de seus clientes e colaboradores".  A Polícia Militar foi acionada, e a situação, controlada. "Vale ressaltar que as equipes de segurança recebem treinamento intenso e frequente a fim de proporcionar um ambiente de tranquilidade e conforto a todos os frequentadores", informou.