Banda do Ingá agita o domingo de pré-Carnaval em Niterói

Nem mesmo o tempo chuvoso foi capaz de afastar o folião do Carnaval em Niterói. A diversão neste domingo (12) de pré-carnaval ficou por conta do bloco mais famoso da cidade, a Banda do Ingá, conhecido por realizar a abertura oficial do Carnaval na Região Metropolitana do Rio.

Completando sua 50ª edição, o desfile ocorreu no Caminho Niemeyer, no Centro de Niterói, diferente do habitual desfile que acontecia no bairro do Ingá. Após três anos sem a celebração, devido a pandemia da Covid-19, a Banda agitou o esquenta do Carnaval na cidade.

A concentração teve início às 11h e o bloco começou pouco depois do 12h, seguindo durante toda a tarde. A festa ficou por conta das seguintes atrações: Bicho Solto, Intimistas, a banda do Edinho, mas tradicional da cidade de Niterói e Banda Axerê. Um DJ se apresentou durante os intervalos das bandas.

Ao contrário de 2022, que a Banda saiu do Ingá em direção ao Caminho Niemeyer, esse ano, a concentração e a festa começou no local, com o trio dando uma volta completa no lugar e parando para agitar os foliões com muita música boa.

Não ficando para trás de outros blocos, este ano eles apostaram pesado ao contratar um trio elétrico diretamente da Bahia, considerado um dos maiores do país. Com a previsão de receber cerca de 30 mil pessoas, o bloco agitou aproximadamente o esperado..

As irmãs aposentadas Rita do Amparo, 65 anos e Ana Lopes, 60 anos, contaram que todo ano elas curtem a Banda do Ingá, e sempre chegam cedo na concentração para aproveitar o máximo possível. “Estamos aqui todo ano, pulamos no Bola Preta também. Amamos carnaval. O carnaval significa tudo para mim, enquanto eu puder dançar, sambar, tô aí”, contou Rita. Já sua irmã, Ana disse: "Eu amo o carnaval, adoro, todo ano eu tô na banda do ingá. Sempre fantasiada, com minha peruca que eu uso há mais de 20 anos".

Quem também curtiu a Banda do Ingá, foi o jovem Matheus Monnert, de 25 anos, que não deixa para lá o espírito carioca de pular carnaval. "Pra mim é diversão, Rio de Janeiro é isso aí, música ao vivo, todo mundo se divertindo na paz de Deus. Cervejinha de manhã e carnaval. Tem que ter uma fantasia sempre". Matheus Monnert, 25 anos

Já a consagrada Rainha do Carnaval de Niterói uma vez, Alessandra Prudêncio, de 42 anos, falou sobre como a festividade está em seu sangue desde sempre. "Carnaval é tudo para mim, eu sou do samba, eu sou do mundo do samba”. Além de já ter sido rainha em Niterói, a dançarina conta que foi “a primeira princesa, passista do Cubango, Viradouro, então já tá no sangue. Não tem como não curtir o Carnaval”. E para fechar, ela ainda deu um recado de como curtir o carnaval: "com energia positiva, muita felicidade, amor, a gente tem que aproveitar, com saúde, educação e segurança".

Já outros vão para a festa para curtir além das músicas, da dança, como foi o caso de Daniel Sanches, de 26 anos, que contou que a evento para ele é: "carnaval para mim é pegação, é beijar na boca, hoje eu vim pra cá no intuito de beijar muito." Claro que ele falou que não é só isso, ele disse que não perde uma festa e que está: "muito feliz, quero mais é zoar tudo, pode chover, fazer sol, que eu tô aqui".

Já um grupo de amigas contou que esta foi a primeira vez que elas curtiram um bloco de carnaval, mas planejam ir para outros no Rio de Janeiro. "Primeira vez que tô vindo, a emoção tá lá em cima, tô gostando muito", disse Eduarda Rezende, de 23 anos. "Nunca passei carnaval no Rio, sou do Espirito Santo, tô esperando boas coisas", contou Sara Sabadine, 25 anos. "Carnaval para mim é época de me expressar, adoro fazer minhas fantasias." Mabi Vinâncio, 26 anos.

"A Banda do Ingá está complendo a borda de ouro, 50 anos de alegria", começou Guga Gallo, 57 anos, um dos organizadores do evento. "A Banda do Ingá se enquadra no estilo do Carnaval de hoje em dia, mas nós vamos voltar às origens, vamos fazer Ingá e Icaraí, como eram nos outros anos", finalizou Guga. 

"Mas importante hoje é a alegria da população, a galera reunida, um bloco familiar. A banda sempre levou essa alegria para todos", disse Bruno Gallo, de 34 anos, outro organizador do evento.

O evento ainda contou com a arrecadação de mantimentos para algumas entidades assistenciais, além disso, a troca de alimento também servia para aqueles que desejavam ter o abadá da Banda do Ingá 2023, o que garantiu a entrada direto dos foliões. Mas aqueles que não possuíam a vestimenta, só conseguiram entrar após entregar 1kg de alimento não perecível.