Uma ação movida no Ministério Público do Rio (MPRJ) solicitando a entrada de ônibus em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói, virou debate entre os moradores do local. Segundo a Soprecam, associação de moradores do bairro, a decisão pode impactar negativamente a vida de quem mora lá.
Por isso, uma reunião entre os moradores e a Prefeitura de Niterói será realizada nesta terça-feira (26), às 19h, para debater o que será feito.
O Ministério está questionando a Prefeitura o por que não está circulando ônibus em Camboinhas. Alguém, que a gente não sabe quem, questionou ao MP isso, por que não tem transporte público em Camboinhas. A Prefeitura, por sua vez, tem que dar uma resposta até o dia 4 de outubro Paulo Roberto Pilotto, presidente da Soprecam
De acordo com o presidente, mais de 90% do moradores não concordam com a instalação de uma linha regular no local, já que isso pode impactar o ordenamento do trânsito local.
"A nossa posição é que não entre transporte público aqui. Quem veio para cá não procurou isso. Além do mais, com as ruas apertadas, nós temos problemas de engarrafamento. Os moradores, na totalidade, ninguém quer entrada de ônibus aqui", ressalta.
Além das ruas estreitas, outro ponto destacado pelos moradores é a poluição que o transporte pode trazer para Camboinhas, além da constante insegurança e desvalorização dos imóveis.
"Nossas ruas são estreitas, foram feitas ciclovias, como vai circular ônibus aqui dentro? Já temos pouco espaço! Vai trazer poluição, tirar o nosso sossego, qual a necessidade disso agora? Não tem", disse a dona de casa Aline Freitas, de 50 anos.
Os moradores do bairro também devem apresentar sugestões de meios alternativos de circulação de transporte público na região, como micro-ônibus para as pessoas que não moram mas trabalham lá.
A Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade informou que há um inquérito civil, por parte do Ministério Público do Consumidor, em andamento. "Para esta semana, há uma reunião marcada com a associação de moradores do bairro para ouvir suas reivindicações que serão anexadas ao processo", diz a nota da Pasta.
Enquanto nada foi acerto, a Prefeitura disse ainda que não há definição de linhas e ruas de circulação, e que isso será avaliado na tomada de decisão de acordo com o desenrolar do processo em pauta.
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