Irregular

Casas às margens da Linha Vermelha são demolidas

Edificações foram erguidas sobre área pública

Imóveis estão sobre calhas de escoamento de águas pluviais da região
Imóveis estão sobre calhas de escoamento de águas pluviais da região |  Foto: Divulgação/Seop

O início da demolição de cerca de 30 construções irregulares nas comunidades Nova Holanda, Rubem Vaz e Parque União, no complexo da Maré, iniciou na manhã desta segunda-feira (13). A área fica às margens da Linha Vermelha e sofre influência do crime organizado.

A ação também removerá um chiqueiro com cerca de 80 m2, construído ilegalmente, de maneira precária, às margens de um dos canais de escoamento da região e em cima de uma ponte improvisada.

Atuam no local, equipes da Secretaria de Ordem Pública e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO).

Segundo as autoridades, os imóveis foram erguidos sem nenhuma autorização da Prefeitura, sobre as calhas pluviais que ficam às margens da Linha Vermelha e são responsáveis pelo escoamento das águas das chuvas até os canais que ligam ao rio Ramos.

Isso coloca em risco as construções e provoca alagamentos nas comunidades, uma vez que impedem a drenagem das águas das chuvas. Todos os imóveis demolidos estavam vazios.

“É importante frisar que são construções, em regra, financiadas pelo tráfico de drogas, que acaba fazendo loteamento do espaço público. Então a gente está aqui para fazer essa operação de demolição, mais uma vez com foco na preservação da vida, na ordem pública e também na asfixia financeira do crime organizado”, destaca o Secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

Também participam da operação agentes da Polícia Militar, Comlurb, CET-Rio e Guarda Municipal.

Desde 2021 a SEOP já realizou mais de 50 demolições de construções irregulares na comunidade da Maré e mais de três mil em todo o município do Rio.

População afetada

A Secretaria Municipal de Educação informa que, na região da Maré, 21 unidades escolares foram impactadas pelas operações policiais em curso na área, afetando 7.185 alunos.

A Clínica da Família (CF) Jeremias Moraes da Silva acionou o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, suspendeu o funcionamento na manhã desta segunda-feira (13).

Já a CF Diniz Batista dos Santos mantém o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.

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