Cidades
Cedae fecha Guandu por 10 horas como medida preventiva
Em função de novas análises da contagem de algas na lagoa próxima à Estação de Tratamento do Guandu (ETA Guandu), a Cedae adotou o protocolo operacional definido no plano de contingência do Guandu, operando as barragens da captação e paralisando a ETA por algumas horas na noite passada, de maneira preventiva.
A estação voltará a operar nesta sexta (22), quando a produção também será normalizada.
Imóveis com sistema interno de reserva (cisterna e/ou caixa d’água) não devem sofrer desabastecimento. Em áreas de ponta do sistema (extremidade das redes) e em cotas elevadas o abastecimento pode levar até 48h para normalizar. A Cedae montou esquema especial para atender hospitais e outros serviços essenciais com carros-pipa, caso haja necessidade.
A Cedae pede que clientes que possuam sistemas de reserva usem água de forma equilibrada e adiem tarefas não essenciais que exijam grande consumo de água.
Três fatores levam à proliferação de algas nos mananciais: água parada, presença de nutrientes e luz solar. O fenômeno ocorre com maior frequência no verão, exigindo medidas preventivas para manutenção da qualidade da água que sai das estações de tratamento.
MP determina regularização
O Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ) informa que, nesta quinta-feira (21), durante Audiência Especial, referente ao cumprimento provisório do acórdão da 26ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio que determinou que a CEDAE providencie a regularização do fornecimento de água em todas as áreas do Município do Rio de Janeiro, vedada a exclusão das comunidades carentes, foram firmados os seguintes encaminhamentos:
1) A companhia deve apresentar ao Juízo, ao longo dos próximos sete dias, os relatórios de monitoramento da qualidade da água tratada e distribuída a partir da ETA Guandu, incluindo dos parâmetros organolépticos (gosto e odor) e detecção da presença de substâncias como Geosmina, MIB e cianotoxinas.
2) Esses relatórios serão apresentados dentro do prazo de 24 horas a partir do resultado laboratorial, sendo que os referidos documentos também serão publicados no sítio eletrônico da companhia para fins de transparência à população acerca da qualidade da água distribuída.
Na manhã de quinta-feira (21), o GAEMA/MPRJ também participou de reunião com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e INEA, para tratar de projetos de despoluição da Lagoa do Guandu. Na ocasião, o Estado ressaltou que adotará as medidas financeiras e administrativas necessárias para desenvolver, com a maior brevidade possível, projetos de despoluição da Lagoa do Guandu e de seus afluentes mais próximos.
Na linha da recomendação expedida pelo GAEMA/MPRJ, a SEAS criou, em 18/01, o Grupo Técnico Interinstitucional Permanente de Acompanhamento da Segurança Hídrica da Região Hidrográfica II – Guandu. Dentre outras atribuições, o grupo tem o objetivo de acompanhar, discutir e propor ações preventivas, mitigadoras e emergenciais com finalidade consultiva em termos de qualidade de água, abastecimento público e os outros usos na Região Hidrográfica II – Guandu.
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