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    Centrais organizam protesto e paralisação nesta sexta

    Publicado 21/03/2019 às 19:00 | Autor: Eduarda Hillebrandt
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    No Rio, os protestos estão marcados na Candelária. Foto: Divulgação / CUT

    Ao menos três categorias de Niterói e região confirmaram adesão à paralisação nacional convocada pelas centrais sindicais nesta sexta-feira (22). De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o movimento busca a suspensão da reforma previdenciária. Estão marcados atos em 78 cidades em todo o Brasil — no Rio de Janeiro, os manifestantes se reúnem na Candelária às 16h.

    Funcionários da rede municipal de ensino de Niterói ligados ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe) vão integrar a paralisação, informou a diretoria do núcleo na cidade. A Fundação Municipal de Educação (FME) não afirmou se as aulas da rede serão afetadas.

    As redes municipais de São Gonçalo e Maricá não aderiram à paralisação, informaram os respectivos núcleos do Sepe.

    Profissionais da rede estadual de ensino também informaram adesão à convocação pelo Sepe. A Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) informou, no entanto, que as aulas dos colégios estaduais estão mantidas, e que haverá reposição em caso de suspensão.

    Na Universidade Federal Fluminense, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTUFF) e Associação dos Docentes (ADUFF) também informaram que vão paralisar as atividades, embora a UFF tenha afirmado que o calendário acadêmico e administrativo segue normalmente com as suas atividades que estão previstas.

    O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) afirmou que apoia o movimento e que vai integrar a manifestação, mas a categoria não entrará em paralisação.

    O Sindicato dos Bancários de Niterói e Região deve decidir em reunião nesta quinta-feira (21) se paralisa as atividades, mas adiantou que endossa as manifestações.

    Reforma

    De acordo com a CUT, uma das articuladoras do movimento, o objetivo dos atos é “lutar contra a proposta de Reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) que, na prática, segundo a CUT, acaba com as chances de milhões de trabalhadores e trabalhadoras de se aposentarem”.

    A reforma é uma proposta de emenda constitucional submetida pelo Governo Federal ao Congresso em 20 de fevereiro. A proposta busca alterar a forma como os brasileiros acessam o direito à Seguridade Social. Nesta quinta-feira (21), as medidas propostas aos militares foi entregue ao Congresso.

    O texto se encontra em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Posteriormente, a PEC será discutida e votada em uma comissão especial da Casa, antes de seguir para o plenário.

    O texto elaborado pelo governo propõe, entre outras medidas, idade mínima para aposentadoria para homens (65 anos) e mulheres (62 anos), além de um período de transição.

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