Cidades
“Chikungunya! Minha vida depois dela”
A primeira edição do Café Saúde Ambiental, que será realizado nesta sexta-feira (18), em São Gonçalo, reunirá profissionais de Saúde, Educação e Vigilância Ambiental para uma troca de experiências com pacientes e profissionais da área. O objetivo é criar ações de prevenção e combate ao mosquito transmissor da doença. O encontro acontece a partir das 14 horas no 2º piso do Partage Shopping, no Centro, e será aberto ao público.
O alto índice de casos de chikungunya preocupa as autoridades e a população. Quem já teve a doença sabe que os sintomas se prolongam, na maioria dos casos, por meses. São dores intensas e inchaços nas articulações que podem resultar, inclusive, em afastamento temporário do trabalho, como conta a professora Tânia:“Só quem foi infectado e convive com as sequelas da doença, sabe o estrago que esse mosquito é capaz de fazer no nosso organismo. Estamos sofrendo e não sabemos se ficaremos curados ou se a doença se tornará crônica em nós. Estamos limitados em nosso trabalho e lazer. Nós deitamos e não sabemos de que forma vamos levantar, com poucas ou muitas dores. É muito desânimo e cansaço o tempo todo”, conta.
Fiocruz explica
A febre chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, no leste da África, entre 1952 e 1953. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.
Como não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya, é preciso investir na prevenção acabando com o mosquito. Para isso, é preciso manter o ambiente sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.
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