Cidades
Choque de ordem para camelôs no Alcântara
Transitar em São Gonçalo não é tarefa fácil. Quem circula pelo centro do Alcântara, seja de carro ou a pé, sabe bem disso. As ruas de um dos bairros mais movimentados da cidade estão tomadas por centenas de camelôs, o que impede o trânsito de veículos e atrapalha a passagem de pedestres. Para tentar frear esse crescimento desordenado, a secretaria municipal de Segurança Pública e a subsecretaria de Posturas vêm realizando ações para regularizar e padronizar o comércio ambulante no local. A tática consiste em caminhadas pelas ruas do bairro com o intuito de apreender produtos piratas.
Uma das grandes preocupações da Prefeitura é com a qualidade do material vendido. Muitos produtos expostos não têm procedência comprovada ou estão com a data de vencimento expirada ou próxima a expirar, o que explica o preço inferior ao de mercado.
“Além do produto estar com um ou dois dias para vencer, ele passa o dia inteiro no sol. É um problema de saúde pública até” disse Jorge Maranhão, secretário de Segurança Pública.
Além das apreensões, outra preocupação é a liberação das vias urbanas. Muitos ambulantes espalham araras com produtos pendurados nas ruas para garantir maior visibilidade, ultrapassando os limites das barracas. Para evitar a perda das mercadorias, os camelôs devem estar com o cadastro em dia, de acordo com as normas da Prefeitura.
Este é outro problema enfrentado pela fiscalização. Toda área destinada para as barracas já estão ocupadas e os camelôs que tentam se cadastrar junto a prefeitura, se recusam a ficar nos poucos locais que ainda estão disponíveis. Para tentar solucionar o problema, o governo anterior começou a construção de um espaço no Alcântara para abrigar todos os ambulantes e aumentar o número de camelôs cadastrados. Apesar de ser próximo à rua da feira, todos se recusaram a ocupá-lo, alegando o pouco fluxo de pedestres. Diante da recusa e da falta de opções oferecidas pelas autoridades, a estrutura passou a ser ocupada por moradores de rua e dependentes químicos. Depois da troca de governo, no início do ano, o espaço foi retomado e hoje funciona como estacionamento para os funcionários municipais.
A prefeitura continua tentando chegar a um acordo com os ambulantes. "Enquanto o impasse não é resolvido, as ações vão continuar", garante Maranhão.
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