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    Chuvas de verão aumentam alerta contra aedes aegypti

    Publicado 10/01/2020 às 14:20 | Autor: Plantão Enfoco
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    Com a reentrada do vírus 2 da dengue no Rio é preciso manter, sobretudo, a atenção dentro de casa para que a doença não se multiplique. Foto: Divulgação - Governo do Estado

    As altas temperaturas associadas aos períodos de chuva no Verão acendem um alerta para os cuidados de combate ao mosquito aedes aegypti. Segundo a Secretaria de Saúde (SES), com a reentrada do vírus 2 da dengue no Rio de Janeiro, é preciso manter, sobretudo, a atenção dentro de casa para que a doença não se multiplique.

    De acordo com o porta voz da SES, o médico Alexandre Chieppe, o cenário que se apresenta mostra que em 2020 há grande possibilidade de aumento dos casos na Capital, na Baixada Fluminense e Região Metropolitana. Além disso, há previsão de que ocorra a interiorização da transmissão da chikungunya.

    "É importante informarmos à população sobre o sinal de alerta. Repelente e cuidados diários nas residências são importantes. Com dez minutos por semana famílias podem se prevenir, mas é preciso que a população se conscientize que este trabalho de prevenção não deve ser sazonal", afirma o médico.

    Estima-se que 80% dos criadouros encontram-se em residências. O ovo do mosquito pode esperar até 1 ano para eclodir. Por isso, mesmo que não esteja chovendo, é importante fazer a manutenção e controle de possíveis focos.  

    "O mosquito aedes aegypti é uma espécie urbana, por isso é, sobretudo, dentro de casa que o combate à doença precisa ocorrer. A participação da população é primordial para que os casos da doença não se multipliquem. Ações rápidas podem salvar vidas", ressalta o médico.  

    Ações

    Ao longo do ano passado, a SES atuou em diversas frentes para combater o mosquito, que também transmite a zika e a chikungunya.

    A pasta estadual, além de manter a veiculação de campanhas que mostram à população que ações simples podem fazer a diferença (como evitar, por exemplo, acumulação de água de chuva em pneus velhos, vasos de plantas e calhas), adotou medidas como a utilização de drones, em parceria com o Corpo de Bombeiros, para identificar focos do mosquito e direcionar ações preventivas.  

    A SES também é a responsável pela capacitação de agentes de endemias municipais. Já foram capacitados mais de dois mil profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, com o objetivo de melhorar o atendimento aos pacientes com sintomas em casos da dengue, chikungunya e zika. Além disso, monitora, em parceria com as prefeituras, os casos da doença. 

    Fica também sob responsabilidade da Secretaria de Saúde os chamados ‘planos de contingência’, ou seja, os protolocos de atuação adotados para resposta coordenada entre diferentes instâncias de poder e órgãos, nos casos de uma possível epidemia.

    A SES realizou visitas às unidades de ensino municipais e estaduais no ano passado. Nos encontros, profissionais da secretaria realizaram atividades lúdicas, demonstrando como a vistoria para acabar com focos em casa deve ser feita.

    A equipe também realizou a distribuição de folhetos, revistas com atividades educativas e checklist de ações semanais de limpeza e prevenção nas próprias unidades escolares. Também foram realizadas atividades pedagógicas voltadas ao combate do Aedes, como gincanas, apresentação de teatro e música, produção de textos e exposição.

    O secretário de Saúde, Edmar Santos, informou que vai repassar cerca de R$ 11 milhões aos municípios, para o fortalecimento das ações de vigilância e controle do mosquito.

    O objetivo do cofinanciamento é garantir a estrutura básica para que as ações de vigilância e controle do aedes aegypti sejam implementadas pelos municípios, como compra de veículos, equipamentos e qualificação da Vigilância Epidemiológica. As visitas domiciliares ficam a cargo das prefeituras. 

    Em 2019 foram registrados 32.514 casos de dengue, 1.556 de zika e 86.187 de chikungunya (com 64 óbitos). Este ano já houve o registro de 3 casos de dengue, 9 de chikungunya e nenhum de zika.

    Saiba como eliminar os focos do mosquito

    1 - Coloque areia nos pratos dos vasos de plantas

    2 - Mantenha os ralos limpos, jogando água sanitária ou desinfetante semanalmente. Verifique a existência de entupimento. Se não for utilizá-los, mantenha-os vedados.

    3 - Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc.

    4 - Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento, feito pelo serviço de limpeza urbana. Não jogue lixo em terrenos baldios.

    5 - Lave, principalmente por dentro, com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.

    6 - Troque diariamente a água dos bebedouros de animais e aves e limpe-os com escova ou bucha.

    7 - Depressões de terreno também são possíveis poças de água parada. Preencha-os com areia ou pó de pedra.

    8 - Mantenha caixas d’água, cisternas, tonéis e outros depósitos de água sempre bem fechados, com a tampa adequada, para impedir a entrada do mosquito.

    9 - Entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem água em local coberto e abrigados da chuva.

    10 - Guarde as garrafas vazias sempre de cabeça para baixo e de preferência em local coberto.

    11 - Limpe constantemente as calhas, remova tudo que possa impedir a passagem da água, a laje e a piscina de sua casa.

    12 - Instale a caixa do ar-condicionado de forma que esta não possa acumular água.

    13 - No alto de lajes e telhas também pode haver água parada. Caso more em apartamento, peça ao porteiro que verifique o acúmulo de água no terraço.

    14 - Suspeite de garagens e subsolos. Confira se a água da chuva que cai nas calhas circula.

    15 - Evite ter bromélias em casa. Mantendo-as, é indispensável tratá-las com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando, no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas.

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