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Ciclistas cobram mais opções de ciclofaixas na Região Oceânica

Ciclistas utilizam pista exclusiva do BHLS, em Itaipu. Foto: Wallace Rosa

O que deveria ser um trajeto sustentável tem se tornado um verdadeiro perigo para ciclistas de Itaipu, na Região Oceânica. Quem utiliza a bicicleta como meio de transporte na Estrada Francisco da Cruz Nunes, no trecho compreendido entre Piratininga e a Avenida Central, precisa conciliar as pedaladas com pequenas paradas para não ser atropelado pelos coletivos da via exclusiva BHLS (Bus of High Level of Service).

Isso porque, da rotatória que divide Piratininga de Itaipu até a Avenida Central, a via principal não possui ciclofaixa nas calçadas como no trecho anterior, vindo da Zona Sul. No entanto, de acordo com a Prefeitura de Niterói, existe ciclovia nas ruas paralelas à estrada.

Para a ciclista e dona de casa, Josélia Landin, de 61 anos, a quantidade de pessoas que trafegam pela via exclusiva é grande. O medo, para a moradora de Itaipu, é o companheiro de todas as viagens pelo local.

"Eu andava no cantinho das pistas no sentido certo, mas fui atropelada três vezes, motivo pelo qual comecei a andar pela pista dos BHLS. Mesmo assim eu procuro pedalar de frente para os ônibus para poder encostar quando eles vêm", comentou.

A artesã Maria Barboza, de 37 anos, evita sair de bicicleta pelo bairro com medo de acontecer um acidente. Um amigo dela, há quatro meses, ficou em estado grave após ser atropelado no bairro.

"O trajeto para a Zona Sul ficou mais curto, mas também ficou mais perigoso. Às vezes, preciso fazer alguma coisa perto e fico com medo de andar de bicicleta", disse.

O estudante Rodrigo Costa, de 25 anos, também acredita que as pessoas precisam ser alertadas sobre o risco de trafegar de bicicleta pela via exclusiva. No entanto, reitera que as vias paralelas ficam muito distante do destino, na maioria das vezes.

"Claro que uma ciclofaixa na principal ajudaria bastante os moradores aqui do bairro. Quase todas as casas têm bicicletas, mas as pessoas têm medo, aí acabam preferindo usar os carros", completou.

Ciclovias

A ciclovia que começa na rotatória que divide Piratininga de Itaipu segue para as Ruas Manoel Pacheco de Carvalho e Delfina de Jesus e vai até a Avenida Santo Antônio. Da Avenida Santo Antônio, esquina com a Av. Francisco da Cruz Nunes, a ciclovia segue por calçada compartilhada até a Av. Dr. José Geraldo Bezerra de Menezes, esquina do Mercado Diamante. No local há placas sinalizando a calçada compartilhada.

Após esse trecho, a ciclovia volta para a via paralela, na Rua Alice Picanço, que está recebendo a obra da ponte suspensa. De acordo com a Prefeitura de Niterói, essa é a única intervenção em andamento para concluir toda a rede cicloviária da Transoceânica.

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