Cidades
Começam as obras no Mercado Municipal
Começou essa semana a primeira etapa das obras de revitalização do Mercado Municipal Feliciano Sodré, na Região Central de Niterói. O imóvel, que ocupa uma área de 3,6 mil m², estava desativado desde a década de 70.
Nesta etapa, o prédio passará por uma série de intervenções para modernizar e recuperar a estrutura original. Após a revitalização, na segunda etapa, o entorno ganhará espaços de convívio.
O objetivo, conforme detalhou a Prefeitura de Niterói, é fazer do mercado um centro de lazer, gastronomia e turismo, além da construção de um edifício-garagem.
Para isso, o município cedeu uma área de 9,7 mil m² para administração de um consórcio por 25 anos. O projeto receberá investimento de R$ 25 milhões nesta primeira etapa e R$ 69 milhões na segunda, ambas da iniciativa privada.
Prédio histórico
O mercado foi concebido no conjunto das intervenções feitas em São Lourenço na década de 1930, como o aterramento da enseada e a abertura do terminal portuário. O espaço foi projetado pelo arquiteto Ricardo Wriedt — responsável pelo traçado do Cine Odeon, no Rio — no estilo art decó.
Após quatro anos de construção a inauguração finalmente aconteceu em meados de 1938. O lançamento representou um marco histórico para o município e contou, inclusive com a presença do presidente Getúlio Vargas, além do interventor Amaral Peixoto e o prefeito Brandão Junior.
O mercado foi por décadas o epicentro do comércio da cidade e teve na década de 50, quando o espaço similar que existia no Rio foi demolido para a construção da Perimetral. No entanto, os comerciantes cariocas também migraram para um entreposto de hortifrutigranjeiros aberto em 1975 em São Gonçalo, o Ceasa do Colubandê.
Em 1975, quando o mercado agonizava com apenas dois lojistas, acabou transformando em um depósito do Governo do Estado.
Desde o declínio do espaço, seis tentativas de resgatar o marco arquitetônico não prosperaram. Após assinar a concessão em maio de 2018, a entrega e inauguração do novo espaço está prevista para outubro de 2020.
As obras irão privilegiar a estrutura original, embora o imóvel não seja tombado. No prédio, pórticos de concreto armado sustentam entradas para iluminação natural. O projeto prevê boxes e quiosques no térreo e a criação de uma praça de alimentação sobre o mezanino, do qual partirão passarelas para o jardim.
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