Euforia
Comunidade lota quadra da Imperatriz, em Ramos
Escola ganhou por um décimo e leva nono campeonato
A quadra da Imperatriz Leopoldinense, em Ramos, na Zona Norte, ficou pequena, nesta noite de quarta-feira (22), diante de tanta euforia e espera, após o longo jejum de 22 anos sem vencer no Grupo Especial do Carnaval do Rio.
Muito comemorado, o título, nono da história da agremiação, foi festejado a plenos pulmões por quem quem esteve na quadra.
Na entrada, devido à lotação, houve princípio de tumulto. Muitos traziam crianças para ver e sentir o título, aguardado por mais de duas décadas. A auxiliar de escritório Roselene Costa, de 43 anos, levou a sobrinha Ana Gabriela, de 9, à quadra. Feliz, ela não se importou com o público, que cada vez mais enchia o espaço.
"Ela nunca viu. A última vez foi em 2001. É muita emoção, de verdade. Muito no aperto, mas tinha que vir pra gente", contou em meio ao empurra-empurra da entrada.
A Verde e Branca de Ramos levou e contou a fábula da morte de Lampião à Avenida. A escola desfilou na segunda de Carnaval, confirmando a máxima do título na noite que fecha os desfiles.
"Somos campeões. Sou do tempo de Liberdade, Liberdade (samba-enredo da escola em 1989, que também faturou o troféu). Então tem muita gente que precisa entender o que é a escola. Demorou, mas veio", diz Eurídio Lemos, de 53 anos, que não deixou de comparecer à festa.
O último título da agremiação havia sido em 2001. A Imperatriz venceu em 2020 na Série Ouro e subiu para o Grupo Especial. O título é o quinto, em 10 anos, do carnavalesco Leandro Vieira, que também levou a escola de novo à elite do Carnaval carioca.
APURAÇÃO
Liderando de ponta a ponta, o título da Imperatriz foi envolto em suspense até o fim. A escola chegou a ficar empatada com Vila Isabel, Mangueira e Grande Rio. Mas terminou coroada como campeã, apenas um décimo da Viradouro.
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