Cidades
Copa de pesca esportiva agita praia de Piratininga neste domingo
A segunda edição da Copa Niterói de Pesca Esportiva de Praia (Surfcasting) aconteceu na manhã deste domingo (8), nas areias da Praia de Piratininga, Região Oceânica da cidade. Organizado pelo grupo Amigos e Pesca, o evento contou com mais de 200 participantes, entre crianças, homens e mulheres.
A competição foi dividida em cinco categorias: juvenil (até 18 anos), master (mais de 55 anos), feminino, masculino avulso (grupos e amadores) e masculino federado (clubes). A pesca era feita em duplas, ao todo foram 110 equipes competindo. A regra era básica: só eram válidos peixes dentro dos padrões de tamanho estabelecidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os pescados menores deveriam ser devolvidos ao mar.
Cada peixe somava dois pontos e a cada 100g desse pescado, um ponto mais. Além de 71 troféus distribuídos entre as divisões, a organização montou um "ranking" geral para premiar em dinheiro os seis primeiros, ou seja os que obtiveram maior pontuação. O total de premiação foi de R$5.750.
De acordo com a organização, todo o pescado será encaminhado para uma instituição no Morro da Boa Vista, na Zona Norte de Niterói. Cada competidor, na inscrição, também levou 1kg de alimento não perecível para colaborar na doação.
"A ideia é fazer a nossa parte tanto na questão social quanto na área esportiva. Niterói tem potencial para se tornar referência na pesca esportiva do Estado. Hoje recebemos pessoas de diversos lugares do país. Tivemos inscritos de São Paulo e até do Rio Grande do Sul", comentou o presidente do Amigos e Pesca, Leonardo Vianna, de 32 anos.
Para o diretor esportivo do grupo, Alexandre Lima, de 43 anos, o mais importante do evento é a união dos grupos de pesca, a integração da família e até mesmo a abertura para que novos pescadores comecem a exercer a prática.
"Tivemos 30% das inscrições de pessoas que nunca pescaram de forma esportiva. Então, vai muito além de uma competição. É uma forma de despertar o amor das pessoas pela pescaria", declarou Alexandre, que deixou o filho, de 10 anos, competir ao lado de um amigo na categoria juvenil.
História de pescador
As duplas da competição foram separadas por raias numeradas. Na 58, um toque feminino chamava atenção. A vendedora Jane Costa, com seus brincos de peixes arrumava as iscas ao lado da companheira Rita Valéria. Por ironia do destino ou não, as duas estavam na raia certa, número da idade das duas.
"Quando separaram as raias e entregaram nosso número, nem acreditamos. Ué? Será que é coincidência?", brincou Rita, que entrou para o mundo da pescaria por ciúmes do marido.
"Ele saía para pescar de manhã cedo e voltava sem peixe. Comecei a desconfiar. Até que um dia eu me arrumei e disse que iria junto. Esperei que a reação dele fosse de espanto, mas ele adorou. Tiver que ir, né?", contou.
Desde então, ela não se separou do anzol. Pelo contrário, hoje ela e Jane são federadas no clube Três Anzóis. Mas a amiga tem uma história um pouco diferente. Foi ela que levou o marido para as areias das praias.
"Eu sempre pesquei e não me vejo fazendo outra coisa. É mais do que pegar o peixe em si, é amizade, é companheirismo. Tenho três filhos, só um deles, o mais velho, que continua pescando. É relaxante", descreveu a vendedora.
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