Cidades
Covid-19: Rio mantém risco alto pela terceira semana
A cidade do Rio de Janeiro continua com as 33 regiões em risco alto para a covid-19 pela terceira semana seguida. A quinta edição do Mapa Epidemiológico mantém a capital na cor laranja.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcio Garcia, as medidas de proteção à vida continuam mantidas. Ele fez um apelo à população para que continue fazendo o "dever de casa", na esperança de dias melhores, e ressaltou que a capital tem apresentado tendência de queda nos casos e de óbitos da doença, mas, ainda assim, permanece o alerta.
“Nos mantemos em alerta e precavidos, até porque estamos acompanhando os cenários nacional e internacional, esperando a tendência de queda”, disse.
Garcia disse que, até o momento, o número de casos está em 9853 neste ano, sendo 1461 graves, 418 óbitos. A taxa de incidência é de 147,9 casos por 100 mil habitantes, taxa de letalidade de 4,2 e de mortalidade 6,3 óbitos por 100 mil habitantes.
Até a noite desta quinta-feira (4), quatro pessoas aguardavam leitos pelo período de menos de 24 horas.
“São dados preliminares, sujeitos à revisão, porque o tempo todo novos casos e óbitos vão sendo digitados. Estamos acompanhando a situação epidemiológica”, disse Garcia.
Ele destacou que há uma tendência de redução da demanda em hospitais e unidades de urgência e emergência.
“Pode significar que estamos avançando para uma situação melhor, mas alertamos olhar dados com cautela e manter medidas de proteção de forma mais rígida possível para superar essa fase, reduzir os números de casos e, principalmente, o número de óbitos por covid-19", disse.
O superintendente acrescentou que os idosos com mais idade são o foco da vacinação e, até o fim deste mês, serão imunizadas todas as pessoas a partir de 75 anos.
“Tendo vacina disponível, a expectativa que temos é seguir vacinando todos os idosos e avançando gradativamente para todos os grupos prioritários do Ministério da Saúde. Mas o foco agora são os idosos de maior idade até finalizar fevereiro com todos os idosos acima de 75 anos”, afirmou.
Fake
O prefeito Eduardo Paes disse que a prioridade para os idosos de idade mais avançada é porque o maior número de mortes ocorre neste grupo. Segundo ele, têm ocorrido pressões de pessoas fora dessa faixa para receberem a imunização nesta fase. Embora considere os pedidos legítimos, a prefeitura não vai atender.
“A lógica continuará a mesma: salvar vidas. As pessoas que vão mais a óbito são as mais velhas. Se Deus quiser e a vacina chegar, vamos concluir a faixa a partir de 60 anos até o final do mês de março”, afirmou o prefeito.
Paes chamou atenção para um calendário "fake" que circula na internet com datas de vacinação para faixas de idade abaixo de 75 anos.
“Se utilizem de órgãos de imprensa sérios e conhecidos, das redes sociais da prefeitura do Rio. Ali temos a informação adequada”, alertou. “Não acreditem em notícia fake”, atentou.
Postos de vacinação
Amanhã serão abertos mais 9 postos de vacinação drive thru na cidade, com funcionamento das 8h ao meio dia para atender idosos a partir de 90 anos.
É uma segunda chamada para as pessoas da faixa etária que não puderam comparecer às unidades de Atenção Primária. A vacinação do grupo vai ocorrer nas policlínicas Lincoln de Freitas Filho (Santa Cruz) e Guilherme Manoel da Silveira (Bangu), no Centro Municipal de Saúde Belizário Penna, em Campo Grande, no Sambódromo, na Cidade Universitária, no campus da UFRJ da Praia Vermelha, no Parque Madureira, no Estádio do Engenhão e no Parque Olímpico.
O drive thru do campus da Uerj, que desde segunda-feira (1º) recebeu os idosos para imunização, estará fechado neste sábado. O atendimento no local volta na próxima semana, das 9h às 15h. Nesta semana, foram vacinadas no local cerca de duas mil pessoas.
“A cidade do Rio de Janeiro segue entre as que mais vacinaram no país. Até ontem à noite foram vacinados 160.702 pessoas dos grupos prioritários preconizados pelo Ministério da Saúde, com destaque maior nessa primeira fase para profissionais de saúde da linha de frente, os da campanha de vacinação, idosos em abrigos, profissionais que trabalham nestas instituições de longa permanência e indígenas", contou Garcia.
Vacinas
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que há entregas previstas de mais doses, tanto da CoronaVac como da Osford/AstraZeneca, que são importantes para a continuidade do ritmo acelerado de vacinação do Rio.
Soranz acrescentou que a secretaria trabalha com o limite de estoques das vacinas para avançar no calendário de imunização.
“A intenção é sempre trabalhar com estoques baixos para vacinar as pessoas no menor tempo possível. É esse o nosso objetivo e o nosso desafio de logística e assim que deve ser não só para o Rio, mas para todo o país”, completou, lembrando que todas as unidades de saúde básica e clínicas de famílias do município continuam vacinando no sábado.
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