Cidades

Depois de canudos, copos de plástico podem ser proibidos no Rio

Pelas emendas da comissão de Economia da Alerj, hospitais e órgãos ligados à saúde estariam excluídos da determinação por questões de higiene. Foto: Fernanda Carvalho - Fotos Públicas

Depois dos canudos, os copos de plástico podem estar com os dias contados na administração pública estadual. Aprovado em primeira discussão pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (27), o projeto de lei 1.425/16, do deputado Thiago Pampolha (PDT), proíbe órgãos do estado a  adquirir copos e recipientes descartáveis produzidos a partir de derivados do petróleo.

Pelas emendas da comissão de Economia da Alerj, hospitais e órgãos ligados à saúde estariam excluídos da determinação por questões de higiene. Para o autor, o projeto pode contribuir para a diminuição de danos ao meio ambiente, já que o tempo de decomposição do material pode chegar a 400 anos.

"O copo descartável derivado de petróleo é o resíduo sólido urbano menos reciclado no mundo inteiro. Seu baixo custo de mercado desestimula as empresas e cooperativas de reciclagem, já que são necessários 250 copos para um retorno de R$ 0,20. O projeto contribui para reduzir a quantidade de plástico e mostra que o poder público também está comprometido com o meio ambiente", justifica Thiago Pampolha.

A proposta vai ao encontro de um crescente movimento global de combate ao lixo plástico, um dos principais vilões da poluição marinha. Segundo a ONU, ao menos 50 países têm propostas nessa seara. No Rio, começou a valer em junho deste ano a lei que proíbe sacolas plásticas em supermercados.

Já na Câmara Municipal, tramita uma proposta da prefeitura para que copos descartáveis sejam banidos de todos os restaurantes, bares, lanchonetes, barracas de praia, ambulantes e similares. De acordo com o projeto, enviado aos vereadores no fim do ano passado, os copos "deverão ser substituídos por outros feitos de materiais comprovadamente biodegradáveis, incluindo os de papel ou de uso permanente".

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