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    Embarcação à deriva encalha na orla de São Francisco em Niterói

    Publicado 30/06/2021 às 17:26 | Autor: Saulo Junior
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    Publicada às 17h26. Atualizada às 20h58.

    Previsão de ressaca pode arrastar ainda mais a embarcação na faixa de areia. Foto: Lucas Benevides

    Um veleiro encalhado na Praia de São Francisco, Zona Sul de Niterói, preocupa banhistas e moradores do bairro. De acordo com testemunhas, a embarcação já está na faixa de areia desde a noite da última terça-feira (29).

    O gerente de manutenção Felipe Travassos, de 53 anos, avaliou a situação de perto e disse que as cordas da âncora devem ter se rompido, fazendo com que o barco ficasse à deriva.

    "O dono ainda não foi encontrado. Um banhista chegou a colocar uma boia nele para sinalizar e dá para perceber que o veleiro está sem muitos cuidados, pois está envolvido por cracas [pequenos crustáceos que crescem em torno de algumas embarcações]", disse.

    Felipe complementou ainda que o que realmente preocupa é a possibilidade de ressaca do mar, prevista para esta quarta (30) e quinta-feira (1º), segundo nota emitida pela Marinha do Brasil.

    A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1° Distrito Naval (Com1DN), informa que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) tomou conhecimento, na tarde desta quarta (30), do encalhe de um veleiro, sem tripulantes a bordo, na Praia de São Francisco.

    "O proprietário participou à CPRJ que a embarcação estava amarrada na poita, situada na enseada de Jurujuba e, em decorrência das condições climáticas adversas, a mesma se soltou, sendo levada pela correnteza até o encalhe na Praia de São Francisco", explicou.

    Ao tomar conhecimento, a CPRJ enviou uma equipe de inspeção naval para o local, onde acompanhou a retirada da embarcação pelo proprietário, sem comprometimento da segurança da navegação ou risco de poluição hídrica.

    Um inquérito administrativo foi instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades da ocorrência, bem como colher ensinamentos para reduzir a probabilidade de situações análogas no futuro.

    Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei nº 2.180/54.

    Em nota, a Marinha lembra que incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-5480 e (21) 97299-8300 (diretamente com a CPRJ, para outros assuntos, inclusive denúncias).

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