Cidades
Emergência pediátrica é suspensa na UPA de Inoã
Moradores de Inoã e de bairros adjacentes, em Maricá, que precisam de atendimento para Pediatria em caráter de emergência estão tendo que percorrer cerca de 13 quilômetros até chegarem ao posto de saúde mais próximo, já que o atendimento foi suspenso na única Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que funciona na região.
“Nós moramos em São José, então aqui seria a emergência mais próxima. Pela segunda vez, tentamos e não tem atendimento para criança. Agora vamos ter que tentar no hospital municipal de Maricá ou no Posto de Itaipuaçu, bem mais longe para ir de ônibus com meu filho passando mal”, relatou uma mãe que teve o atendimento negado na manhã desta segunda-feira (3) para seu filho de quatro anos, que segundo ela, estava sofrendo de diarreia e vômito.
Segundo outra moradora do bairro Jardim Atlântico, foi preciso uma peregrinação para fazer um exame de sangue. Isso porque com a suspensão no atendimento pediátrico na UPA foi preciso levar a criança de cinco anos, apresentando quadro de febre e diarreia, até o posto de Itaipuaçu, que está sem recursos para exame de sangue, e conseguir o pedido médico para voltar na UPA com o encaminhamento onde finalmente conseguiu o exame para seu filho.
“Me mandaram vir na UPA para meu filho fazer o exame e voltar pra lá com o resultado. Eu ainda tive oportunidade de vir de carro, e quem não tem? Teria que fazer baldeação, voltar na rodoviária, tudo por conta desse descaso com a saúde pública”, desabafou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Maricá, responsável pela administração da unidade, confirmou que temporariamente o município está sem atendimento de pediatria na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã. De acordo com a pasta, pacientes que necessitarem de atendimento emergencial devem recorrer ao Posto de Saúde Santa Rita, em Itaipuaçu, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e 24h, no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro.
A Secretaria acrescentou que, em casos de emergência com entrada na UPA, as crianças são conduzidas com os responsáveis de ambulância para o Hospital Municipal Conde Modesto Leal.
A prefeitura não informou o motivo da suspensão no atendimento e quando pretende normalizar a situação.
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