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    Empresa fecha as portas em Niterói e deixa funcionários sem pagamento

    Publicado 07/01/2020 às 15:33 | Autor: Ezequiel Manhães
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    Funcionários contam que o mercado fechou as portas no último domingo (5). Foto: via Grupo Plantão Enfoco

    Ainda sem receber os salários referentes ao mês de dezembro, funcionários de um mercado em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, denunciam que os proprietários do estabelecimento desapareceram após fecharem as portas da loja no último domingo (5).

    Segundo os trabalhadores que prestavam serviços sem a assinatura da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a decisão de fechar o mercado aconteceu de última hora e não houve qualquer tipo de esclarecimento. No entanto, eles acreditam que um desentendimento entre os donos do local e um fornecedor teria sido o principal motivo.

    De acordo com a funcionária Elisângela Rodrigues, de 37 anos, no sábado (3) tudo funcionou de maneira normal no mercado. Ela relata também que trabalhou no horário rotineiro, de 7h às 14h, assim como os demais colegas, nas suas respectivas escalas.

    “No dia, inclusive, cheguei a avisar que não iria trabalhar esta semana e para eles [donos] adiantarem o meu pagamento. De início, quando falei com um dos proprietários, ele me disse que daria. Faltando dez minutos para eu sair, ele saiu do mercado e o filho dele que continuou lá me disse que não tinha o dinheiro para pagar, por conta de um problema envolvendo um sócio”, relatou.

    Ainda conforme a operadora de caixa, que trabalha no espaço desde 2018, a surpresa do fechamento da loja veio nesta segunda (7).

    “Quando chegamos para trabalhar, não tinha nada dentro do mercado e as portas de vidro estavam abertas. Não entendemos nada. Eles prometiam assinar a carteira, mas sempre protelavam. Como precisamos do trabalho, permanecemos”, lamentou.

    Outras reclamações feitas por funcionários apontam que, enquanto o local funcionava, os pagamentos dos meses anteriores eram efetuados com atrasos e até mesmo de forma parcelada, como é o caso do funcionário Matheus Victorino, de 20 anos.

    “Na maioria das vezes o salário era parcelado. Isso era com todo mundo. No sábado eu perguntei ao dono como ficaria o pagamento e ele disse que ainda era sábado e que tinha muita coisa para acontecer", contou - reforçando que dezembro foi o mês em que mais trabalhou.

    Procurados, os donos do mercado preferiram não se pronunciar sobre o caso.

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