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'Erramos': marca cancela ação criada com nome de grávida morta no Rio

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A família de Kathlen Romeu acusa policiais militares de terem atirado contra a jovem. Foto: Redes Sociais

A loja de roupas Farm, onde trabalhava Kathlen Romeu, jovem de 24 anos, que foi morta grávida de quatro meses na comunidade do Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (8), lançou um código de compras promocional com o nome da vítima, nesta quinta (11), alegando que a renda seria destinada à família. No entanto, após repercussão negativa, a empresa se desculpou e cancelou o código através de um comunicado publicado no mesmo dia nas redes sociais.

Conhecida por ser uma loja com preços de alto padrão, a Farm recebeu uma enxurrada de críticas. A empreendedora e digital influencer, Nath Finanças, foi uma das que criticou o post: "Gente, vocês sabem que parte da 'comissão' fica para empresa, né? O vendedor tem uma porcentagem do valor das vendas. Ou seja, não é o valor total. Se autopromover com a morte alheia? Ganhar dinheiro em cima? Como pode, Farm? Poderia realizar toda ajuda necessária e financeira sem precisar lucrar com isso", declarou.

https://twitter.com/mlaysg/status/1403095890169143304
https://twitter.com/rachelsousab/status/1402643171788705796

O post da divulgação do código continha a #JUSTIÇAPORKATHLEN e em um trecho da publicação eles se referiam à atitude como uma forma de ajudar a família .

"A partir de hoje, toda a venda feita no código de Kathlen – E957 – terá sua comissão revertida em apoio para sua família. Reforçando que nós também vamos apoiá-la de forma independente e paralela".

Farm

Já o post da retratação é iniciado com "ERRAMOS".

https://www.instagram.com/p/CP6V_V1jQVo/

Relembre o Caso

A família de Kathlen Romeu acusa policiais militares de terem atirado contra a jovem. No entanto, A Polícia Militar afirma que os policiais foram atacados a tiros por bandidos armados na localidade conhecida como 'Beco da 14', dando início a um intenso confronto armado. Na ação, a jovem acabou baleada, sendo socorrida e levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos.

Após a morte da jovem, moradores do conjunto de comunidades fizeram um protesto na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá. A via, que liga as zonas Oeste e Norte do Rio, chegou a ficar fechada por cerca de duas horas, sendo reaberta por volta das 19h, segundo o Centro de Operações Rio (COR).

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