Centro-Dia

Espaço para idosos muda a vida de famílias no Rio de Janeiro

Local presta acompanhamento a pessoas acima de 60 anos

A capacidade máxima para atendimento no Centro-Dia atualmente é de trinta vagas
A capacidade máxima para atendimento no Centro-Dia atualmente é de trinta vagas |  Foto: Rogério Santana / Governo do Rio
 

O Centro-Dia Levy Miranda segue fazendo sucesso no acolhimento e cuidados com a população idosa do Estado do Rio de Janeiro. Inaugurado em agosto de 2022, a modalidade permite que o idoso tenha a opção de passar o dia no abrigo e voltar para a casa da família à noite, estratégia fundamental no fortalecimento de vínculos familiares e na ampliação do convívio comunitário das pessoas acima de 60 anos.

O local vem mudando a vida de cariocas que enfrentam problemas para alocar ou dar a atenção necessária aos membros mais experientes da família. Levando em conta que muitas dessas pessoas não dispõem de boas condições financeiras, o equipamento é uma alternativa gratuita para que os idosos desfrutem de uma estrutura confortável, com todo acompanhamento profissional. O Centro-Dia se tornou ainda uma opção de tranquilidade para filhos e netos dos beneficiados.

A esteticista Marcia Costa Carneiro, de 52 anos, faz parte deste grupo. Após a mãe, dona Zenite Costa, de 89 anos, ter sido diagnosticada com Alzheimer, coube à esteticista a tarefa de cuidar dela, ao lado de suas irmãs. Por conta da rotina de cuidados, Márcia começou a ter problemas no trabalho, mas a iniciativa mudou essa realidade.

"O Centro-Dia mudou não só a vida da minha mãe para melhor, mas também a minha e das minhas irmãs. O projeto ajuda muito, pois eu preciso trabalhar e elas também têm outros compromissos. Não tenho condições de pagar cuidadores e nem profissionais para acompanharem a minha mãe. Portanto, existir esse lugar completamente estruturado, com acompanhamento de profissionais, de forma gratuita, me deixou muito tranquila. Não pensei duas vezes em levá-la", destacou.

Marcia aproveitou para enaltecer ainda as mudanças significativas na saúde da mãe.

"Lá no abrigo, ela fica mais ativa. Em casa, ela tinha o costume de ficar muito tempo parada vendo televisão sozinha. Agora, com essa oportunidade, ela passa o dia interagindo com outros idosos, participa de atividades motoras, das brincadeiras e realiza exercícios mentais com os especialistas do local. Deu para notar não só uma melhora na saúde dela, mas também a recuperação da alegria em viver. Eu arrisco a dizer que a modalidade colaborou inclusive para a melhora no Alzheimer, já que está lembrando de muito mais coisas", comemorou.

O equipamento do Governo do Estado, administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, fica localizado no Abrigo Cristo Redentor, em Higienópolis, na Zona Norte do Rio, que no auge dos seus 87 anos de história abriu as portas para receber a iniciativa. A coordenadora Licia Mattesco contou como funciona a estrutura. 

"Nosso objetivo principal é o fortalecimento dos vínculos familiares, oferecendo um espaço de referência onde o idoso passa o dia de segunda à sexta, no horário de 8h às 17h, com uma oferta de serviços de uma equipe interdisciplinar completa", explicou Licia.

No local são realizadas atividades terapêuticas e de fisioterapia, tarefas com fonoaudiólogos, além de um acompanhamento psicológico. Além disso, são oferecidas quatro refeições por dia e existe uma agenda de atividades diárias para entreter os idosos, tudo sem custo. 

A capacidade máxima para atendimento no Centro-Dia atualmente é de trinta vagas. De acordo com a coordenação, 15 idosos já estão participando das atividades.

As famílias interessadas devem entrar em contato com os coordenadores do Centro-Dia no Abrigo Cristo Redentor ou no Creas do território. Os idosos que passarem no perfil de avaliações da equipe técnica, automaticamente serão inseridos no equipamento.

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