Cidades
"Estamos sofrendo muito", relatam rodoviários no Rio
Rodoviários que fazem parte do consórcio Rio Ônibus marcaram uma manifestação pacífica na porta da prefeitura do Rio para a tarde desta segunda-feira (1º). No início da manhã, alguns trabalhadores já estavam em um dos acessos da sede do poder executivo.
De acordo com o rodoviário Felipe Faustino da Silva, líder do movimento, a situação dos trabalhadores é semelhante a dos rodoviários do BRT Rio.
"O nosso sindicato realizou três assembleias e 348 rodoviários receberam o comunicado que informava que os donos das empresas queriam nos deixar em casa de novo, como já havia sido feito na medida provisória, só que desta vez sem remuneração. Antes nós tínhamos ajuda do governo, com auxílio emergencial, mas agora quem está acostumado a ganhar na faixa de R$ 2.500 vai ganhar quase um salário mínimo. Isso não existe, a nossa classe já vem sofrendo há quatro anos sem aumento", afirmou.
O rodoviário disse também que a classe não quer fazer greve, mas que quer fazer valer os direitos trabalhistas que, segundo eles, não estão sendo respeitados.
"Nós amamos o Rio e não queremos parar a cidade. A gente só precisa que os nossos direitos sejam respeitados. Horas extras não são pagas, e muitos não recebem o auxílio alimentação. Ou seja, está tudo errado. Nós sabemos que a crise existe, que o número de passageiros diminuiu, mas eles precisam tomar medidas para resolver a nossa situação. Estamos sofrendo muito. Não queremos aceitar essa decisão do sindicato. Temos uma profissão estressante, muitos não tem planos de saúde e perdermos colegas para o coronavírus", destacou.
A Rio Ônibus e a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) foram procuradas, mas ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
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