Manisfestação
Ex-funcionários de hospital voltam a protestar em Niterói
Profissionais de saúde cobram salários atrasados
Funcionários terceirizados do Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal) voltaram a realizar protesto cobrando seus salários atrasados. O ato aconteceu na manhã desta sexta-feira (24), na Alameda São Boaventura, próximo à unidade de saúde. A outra manifestação aconteceu na quarta-feira (22).
Os profissionais de saúde reivindicam o pagamento das rescisões trabalhistas após as demissões por parte do Instituto Sócrates Guanaes, que administrava o hospital.
"Como não saiu e não tem previsão de pagamento, estamos fazendo esse ato novamente. Tem uma audiência marcada no Ministério Público do Trabalho no próximo dia 28 e espero que esse problema se resolva. Se os salários não saírem com certeza, os atos irão continuar", disse Nésio Francisco, diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores de Asseio e Conservação (Sintaclus).
A via é uma das principais da região. Duas faixas estão interditadas na pista sentido Rio, e o tráfego de veículos está funcionando em apenas uma faixa. Com faixas, cartazes e um carro de som, os trabalhadores recebem o apoio de motoristas que estão buzinando no trecho.
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O trânsito está lento e o congestionamento já chega na altura do Caramujo. Operadores de trânsito da Niterói Transporte e Trânsito (Nittrans) estão controlando o tráfego de veículos. Policiais do 12° BPM (Niterói) também acompanham o ato.
"Eu dependo de dinheiro. Cadê o dinheiro? Eles só estão nos enrolando, até hoje não caiu nenhum dinheiro nas nossas contas. Só Deus é quem está dando força. Eu tive que pegar empréstimo. Está muito sofrido. Tem contas que eu não consegui pagar. O empréstimo que eu fiz só deu para pagar três contas, eu já estava devendo ao banco. Só Deus mesmo com a gente. São quase nove anos trabalhando nessa O.S. Eu amo o que eu faço, trabalhamos com amor. Estamos esperando uma resposta", disse Ana Maria de Jesus, técnica de enfermagem, de 56 anos.
NOTAS
O Instituto Sócrates Guanaes reiterou, em nota, que os valores repassados pelo Estado ao instituto foram muito abaixo do necessário para gestão do hospital, devido à crise financeira em que se encontrava o governo do Rio.
A empresa diz que "sempre priorizou manter o Azevedo Lima de portas abertas à população e pagar os salários dos colaboradores, mas em razão desse déficit nos repasses não conseguiu, entre outras coisas, fazer a provisão necessária para o pagamento das rescisões contratuais".
O instituto disse ainda que tem buscado resolver a questão com a pasta e que está em reuniões para buscar uma definição.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que "todos os repasses para a OS referentes ao contrato que esteve vigente entre 2014 e 2019 e também ao contrato que terminou em 26.02.2023 estão quitados, incluindo a verba para as rescisões. Cabe à OS quitar o pagamento aos colaboradores".
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