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    Expectativa de alta nas vendas de natal em Niterói

    Publicado 10/12/2021 às 13:25 | Atualizado em 12/12/2021 às 11:08 | Autor: Ana Fernanda
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    Imagem ilustrativa da imagem Expectativa de alta nas vendas de natal em Niterói
    |  Foto: Foto: Karina Cruz
    De acordo com o levantamento, estima-se que 123,7 milhões de pessoas devem ir às compras de presentes de Natal. Foto: Karina Cruz

    Após mais de um ano de pandemia da Covid-19 e com o avanço da vacinação em todo o país, lojistas de Niterói se mostram otimistas com as vendas para o Natal de 2021. A data, uma das mais importantes para o setor, promete ter um fôlego em relação aos anos anteriores. De acordo com Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL) a perspectiva é de um aumento de10% comparado ao ano de 2020.

    A melhora na projeção dos números deixou uma ponta de esperança nos profissionais do setor. Para Carlos Magno, responsável por uma loja de brinquedos no centro da cidade, apesar do fraco movimento em relação ao período pré-pandemia, a expectativa é de aumento na última semana antes do Natal.

    “As pessoas deixam para comprar lá para o dia 22 e 23, apesar de ainda estar bem devagar as vendas, a gente tem esperança né, espero que melhore", projeta.

    Outro lojista, responsável por uma loja de roupas que preferiu ter a identidade preservada, revelou que inaugurou o estabelecimento há cerca de um ano e meio e relata já ter notado uma melhora nas vendas.

    “Ainda não está como a gente espera, mas a tendência é melhorar. A nossa intenção é contratar até extra natal, mas estamos aguardando para ver como ficará o movimento", conta, desconfiado.

    Economia

    Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, relata que com o avanço da vacinação e o pleno funcionamento das atividades comerciais em todo o país, a expectativa é que 77% dos consumidores presenteiem este ano, retornando ao patamar de consumo pré-pandemia. De acordo com o levantamento, estima-se que 123,7 milhões de pessoas devem ir às compras de presentes de Natal, com potencial para injetar aproximadamente R$ 68,4 bilhões na economia.

    Estudo apontou que consumidores devem priorizar preços dos produtos. Foto: Karina Cruz

    Ainda segundo o levantamento, na percepção da maioria dos consumidores (71%), os preços em 2021 estão mais caros do que no ano passado, enquanto para 20% estão na mesma faixa de preço e 7% acreditam que estão mais baratos.

    Já os consumidores de Niterói reafirmaram a ideia de que a alta nos preços dos produtos tem impactado nas compras.

    "Os preços aumentaram muito, está tudo muito caro, talvez por isso o movimento não esteja melhorando, porque com as coisas tão caras a gente não consegue gastar muito. Esse ano eu vou tentar dar só umas lembrancinhas de presente de natal mesmo.", informou a empreendedora Aline Reis.

    Outra consumidora, Karine Andrade, já revelou que sentiu aumento no movimento em relação ao ano passado, mas ratificou o discurso dos valores mais altos.

    "O movimento nas lojas está grande, maior que o ano passado com toda certeza, muitas filas, lojas de artigos para festa estão mais cheias, só que os preços aumentaram muito nesse final de ano.", confirmou.

    Já sobre a escolha do estabelecimento onde pretendem comprar os presentes, o estudo aponta que 55% são influenciados pelo preço. Outros 39% escolhem o local por conta de ofertas e promoções; 24% optam pela variedade de produtos; e 23%, pelo atendimento.

    Compras online

    De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o ano de 2021 reforçou a importância do comércio eletrônico brasileiro e deve trazer um novo impacto positivo, após a Black Friday, para as tradicionais compras de fim de ano.

    No total, as lojas virtuais do país devem movimentar R$ 16,6 bilhões entre os dias 15 de novembro e 24 de dezembro, véspera de Natal, com um total de 37,5 milhões de pedidos. O desempenho representa um crescimento de 18% em relação ao resultado de 2020. O tíquete médio deve ficar em torno de R$ 445, com destaque para as categorias “informática”, “celulares”, “eletrônicos”, “brinquedos” e “moda e acessórios”.

    “As compras por canais digitais trazem inúmeras vantagens aos consumidores, que se preparam para aproveitar os descontos oferecidos pelas lojas nesses períodos de maior demanda", explica Mauricio Salvador, presidente da associação.

    Segundo o levantamento, os canais de compra online mais utilizados devem ser: sites (76%); aplicativos (72%), com destaque para os de lojas varejistas nacionais e em sites internacionais, seguidos pelo Instagram (23%).

    A internet também será o principal local de pesquisa de preços, de acordo com os entrevistados: 79% pretendem fazer pesquisa de preços antes de comprar os presentes, sendo que 83% vão utilizar a internet (sobretudo os sites e aplicativos e as redes sociais). Já 68% costumam fazer pesquisas de forma offline, principalmente nas lojas de shopping e de rua.

    Evite fraudes

    Em relação às compras online, o Procon-RJ alerta que o cuidado deve ser redobrado para o consumidor não ser vítima de fraude e verificar a segurança do site, além de desconfiar de ofertas muito vantajosas.

    A autarquia reforça ainda que, antes de fechar o negócio, o consumidor consulte a lista de sites não recomendados do órgão, caso opte por comprar em um site desconhecido.

    O Procon-RJ analisou diversos fatores para criar a lista, como por exemplo, se a empresa entrega os produtos e serviços comprados, responde as reclamações do consumidor e as notificações enviadas pela autarquia, se há cadastro ativo na Receita Federal e está apto a emitir nota fiscal, se disponibiliza informações de contato e dados da empresa e ainda sobre relacionamento com os clientes que efetuam reclamações. 

    A lista é atualizada constantemente e pode ser acessada através deste link. Além disso, há a possibilidade dos clientes verem o que estão falando nas redes sociais e consultar a reputação do fornecedor nos sites especializados como por exemplo o “Reclame Aqui” ou o “E-bit”.

    O Procon-RJ tem também um manual de prevenção à fraude virtual, com orientações para que os consumidores não sejam vítimas de golpes praticados em compras feitas pela internet. O material também pode ser acessado através deste link.

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