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Família alega irresponsabilidade e falta de apoio após acidente com gari em Niterói

Publicada às 8h59 / atualizada às 20h26

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|  Foto: Foto: Marcelo Tavares
Familiares e amigos do gari realizaram uma manifestação na sede da Clin. Foto: Marcelo Tavares

Familiares e amigos do gari Alcelir da Silva, de 28 anos, vítima de uma descarga elétrica, na manhã do último domingo (14), enquanto trabalhava na Rua Padre Anchieta, no Centro de Niterói, realizaram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (16), cobrando um posicionamento da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin). Ele teria se machucado ao encostar acidentalmente na rede de energia de alta tensão com uma barra de ferro, na tentativa de desobstruir resíduos do duto.

Um dos principais motivos de indignação da família foi a transferência da vítima sem o consentimento. Segundo uma das irmãs, ele teve 80% do corpo queimado durante a descarga elétrica e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. A vítima foi levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), no Fonseca, na Zona Norte de Niterói, e, em seguida, transferida para um hospital particular de São Gonçalo, sem a autorização e conhecimento da família.

“O que estamos pedindo é o básico. Meu irmão não estava com o equipamento adequado e o serviço que ele faz é de grande risco. Desde então, a Clin não ofereceu nenhum suporte, ao contrário do que eles vêm divulgando através da mídia. Não tivemos e não estamos tendo nenhum apoio da empresa. Ninguém aqui é lixo. Somos funcionários e merecemos respeito”, disse a irmã da vítima, a funcionaria pública Grazielle da Silva, de 34 anos.

Uma segunda reclamação da família é sobre os equipamentos de segurança do gari durante o seu período de trabalho. Os familiares alegam que a vítima estava sem o Equipamento de Proteção Individual (EPI), que é obrigatório durante o serviço. Durante o ato, que aconteceu na sede da Clin, no bairro São Lourenço, cerca de 20 pessoas, entre familiares e amigos, cobravam por uma solução da empresa.

“Temos um vídeo que comprova que eles não estavam utilizando o EPI. Isso é um absurdo. Vai precisar alguém morrer para eles passarem a ter cuidado. Isso é inadmissível. O mínimo são os equipamentos de segurança. Eles não estão dando o devido apoio a família do empregado deles. Meu irmão trabalha há oito anos aqui. Não pode ser tratado como indigente”, disse Daniele da Silva, também irmã da vítima.

Pouco tempo após a chegada dos familiares e amigos da vítima, um funcionário da empresa convocou alguns familiares para uma reunião no interior da sede da Clin.

Procurada sobre o caso, a Prefeitura de Niterói informou que a diretoria da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) se reuniu na manhã desta terça-feira (16) com familiares e amigos do gari Alceni da Silva. No encontro, o presidente da empresa, Luiz Carlos Fróes Garcia, reiterou que a Clin está, desde os primeiros momentos, dando todo o suporte à vítima e apoio à família. A Clin, reforçou o presidente, está empenhada em dar todo o suporte necessário à família.  

"Nós estamos acompanhando todo o processo, inclusive disponibilizamos uma equipe de assistência social que está com a família o tempo todo", relatou Luiz Fróes.

A direção da Companhia esclareceu ainda que o funcionário encontrava-se  com os equipamentos de proteção necessários, além de possuir curso de técnicas de rapel oferecido pela empresa. Edson Mendonça Ananias, presidente da Associação de Moradores do Sabão, onde mora a família, também participou da conversa.

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