Saudade
Fãs e amigos se despedem do ator Pedro Paulo Rangel no Rio
Corpo do ator está sendo velado no Theatro Municipal
O corpo do ator Pedro Paulo Rangel, que morreu nesta quarta (21) aos 74 anos, foi velado no Theatro Municipal, no Centro do Rio, na manhã desta quinta-feira (22).
Na cerimônia, que durou das 10h até as 13h e foi aberta ao público, estavam presentes alguns amigos do artista como a também atriz Lília Cabral, o ator Diogo Vilela, as atrizes Patrícia Pinho e Tessy Callado, o diretor Fernando Philbert, que esteve com Rangel na última peça dele “O Ator e o Lobo”, os atores Davi Pinheiro e Osmar Prado, dentre outros.
A atriz Lilia Cabral, amiga do ator há mais de 20 anos, conversou com o ENFOCO sobre a perda do PP, apelido que ela dava para ele.
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Os últimos movimentos dele foram no palco e essa despedida traz conforto para quem fica, que vai deixar saudade com certeza, e também uma esperança de que ele tenha ido bem e é isso o que todos querem
O diretor Fernando Philbert, que dirigiu a peça “O Ator e o Lobo”, a última de Pedro Paulo, falou sobre como o amigo se dedicou nessas últimas apresentações em outubro, pouco antes de ser internado.
“Esse espetáculo, na verdade, comemorava os 50 anos de carreira dele. Nós já tínhamos feito uma temporada em São Paulo e, após a pandemia, o PP queria rever o palco, voltar ao palco, estar lá de novo e esse espetáculo contava a história da vida dele. Foi um grande esforço para ele, foi uma despedida mesmo, ele ia pro camarim, ficava com oxigênio, daí dava o sinal, ele levantava, se recuperava. Foi uma batalha”, contou.
Rangel morreu por insuficiência respiratória que ocorreu após complicações em decorrência do enfisema pulmonar que lutava há mais de 20 anos
O ator Osmar Prado, que ficou conhecido como o personagem o Velho do Rio, em Pantanal, também esteve se despedindo do amigo de profissão.
“Toda vez que morre um artista, seja ele qual for e seja de que área for, não só da teledramaturgia, mas os artistas da bola, os artistas da ginásticas, empobrece um pouco o país. Empobrece no caso específico a cultura e nos empobrece a todos. Mas uma coisa positiva é que o PP foi um soldado da cultura e tombou justamente porque o pulmão lhe faltou. Caso ele tivesse um pulmão mais forte, ele estaria conosco até hoje. Mas isso faz parte da vida. A minha presença aqui, ao mesmo tempo que é de tristeza, é de alegria por saber que o meu colega, meu companheiro, cumpriu a sua missão. Não pude ver ele em vida, minha visita foi adiada e agora estou vendo ele inerte, mas brevemente vamos nos encontrar”, disse ele.
O também ator Diogo Vilela, bastante conhecido na TV, esteve no velório para prestar suas últimas homenagem a PP.
Ele está aqui no templo do teatro sendo velado, que é o lugar dele, e temos que seguir em frente. São momentos difíceis que a arte está passando
Rangel morreu por insuficiência respiratória que ocorreu após complicações em decorrência do enfisema pulmonar que lutava há mais de 20 anos. Ele foi internado no dia 30 de outubro na Casa de Saúde São José, no Humaitá, e, após uma semana, foi internado no CTI da unidade, onde permaneceu até seu falecimento na madrugada de quarta-feira (21). Na unidade, ele foi entubado, mas já havia sido extubado. O ator sofria de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em decorrência do uso de cigarros por muitos anos.
A última apresentação do artista no teatro aconteceu dias antes da internação. Depois do velório, o corpo dele foi levado para o Cemitério da Penitência, no Caju, onde será cremado em um cerimônia privada.
O ator, que tinha mais de 50 anos de carreira, teve grandes trabalhos na tv, no cinema e na televisão. Dentre os principais, estavam: ‘O Cravo e a Rosa’, ‘Pedra Sobre Pedra’, ‘A Muralha’, ‘Gabriela’ e outros.
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