‘Gari não é lixo’: funcionários da Clin pedem reajuste salarial em Niterói

Cerca de 70 funcionários da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) realizaram a segunda manifestação em menos de uma semana, na manhã desta quarta-feira (23), em frente à sede da Prefeitura de Niterói. A principal solicitação dos manifestantes é um reajuste salarial de 5% sobre a atual remuneração dos garis.

Durante o ato, que teve início por volta de 8h30, os funcionários solicitavam um reconhecimento salarial em razão do bom serviço prestado reconhecido por grande parte da população de Niterói. Uma das manifestantes, que trabalha há mais de 15 anos como gari da cidade, Rosângela da Silva, de 43 anos, alertou sobre o baixo salário da categoria no município.

“Gari não é lixo. Não podemos ser tratados como os resíduos que recolhemos pelas ruas da cidade. Niterói é considerada um dos municípios mais limpos do país e não somos reconhecidos como devemos”.

Rosângela da Silva, gari de 43 anos.

Quem esteve no ato e liderou a manifestação foi o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Niterói e região (Sintacluns), Romério Duarte, que afirmou que a prefeitura está oferecendo um reajuste de 2%, fato que desagrada a classe.

“Não podemos aceitar essa covardia. Eles estão alegando uma lei que não pode oferecer reajuste salarial, mas como estão propondo um aumento de 2%? Queremos e vamos lutar pelos 5%. É o mínimo que o trabalhador merece. Eles estão na linha de frente da pandemia para deixar a cidade limpa do jeito que está. Acorda, prefeitura! Valorize o trabalhador da cidade”.

Romério Duarte, representante da categoria.

Em nota, a Prefeitura de Niterói informou que mantém o diálogo aberto com todas as categorias profissionais.

"Uma comissão formada por secretários municipais e representantes dos funcionários da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) vêm se reunindo nas últimas semanas para discutir um consenso entre a administração municipal e a categoria".