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    Garis voltam a trabalhar no Rio após fim da greve

    Classe aceitou reduzir o pedido de reajuste

    Publicado 07/04/2022 às 18:18 | Atualizado em 07/04/2022 às 19:26 | Autor: Saulo Junior
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    Pedida inicial foi de 25% de ajuste
    Pedida inicial foi de 25% de ajuste |  Foto: Rede Social

    Após nova audiência de conciliação no Tribunal do Trabalho do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (7), os garis chegaram a um acordo com a Comlurb e voltarão a trabalhar no Rio. A greve estava em seu décimo segundo dia.

    A empresa ofereceu uma nova proposta para a classe, reajustando principalmente o valor do vale-refeição, que passaria de 3% para 6%. A proposta para uma assembleia da classe e aceita. Os valores de reajuste salarial se mantiveram os mesmos desde a primeira contraproposta da Comlurb. Confira o acordo final:

    - Reajuste salarial de 6% a partir de março;

    - Mais 2% nos salários em agosto;

    - Novo reajuste residual em novembro, correspondente à diferença do que for dado de reajuste pela Prefeitura aos servidores municipais;

    - Reajuste de 6% no tíquete alimentação;

    - Adicional de insalubridade de 20% para as APAs;

    - Conclusão da implantação do PCCS, retroativo a janeiro;

    - Quanto aos dias parados na greve, 5 dias serão compensados e os demais, descontados, um dia a cada mês (3 dias descontados para quem seguiu a orientação do Sindicato e retornou ao trabalho durante as chuvas ou 6 dias para quem permaneceu em greve direto);

    - Com este acordo aprovado, o dissídio aberto na Justiça será encerrado por perda de objeto;

    - A Comlurb se compromete a não retaliar os grevistas, ressalvados os excessos individuais cometidos durante o movimento.

    Como tudo aconteceu

    Os garis entraram em greve na segunda-feira (28). Na ocasião, pediam um melhor reajuste salarial do que os 4% oferecidos pela Comlurb anteriormente.

    Em reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde da última quarta-feira (30), a Comlurb ofereceu uma nova contraproposta, mantendo os benefícios e cláusulas sociais já existentes no Acordo Coletivo; reajuste salarial de 6% (março), 2% em agosto e cerca de 2% (de acordo com o reajuste do Município) em novembro; reajuste de 3% no tíquete alimentação;  Adicional de Insalubridade para APAs em 20% retroativo a janeiro 2022; conclusão do PCCS, retroativo a janeiro de 2022; compensação dos 3 dias de greve, sem qualquer desconto e pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

    O pedido de reajuste inicial foi de 25%, mas a primeira contraproposta da Comlurb foi de apenas 6%. Por considerar um valor muito abaixo da expectativa, os garis votaram, em assembleia na última quinta-feira (31), pela manutenção da greve, que só foi pausada em decorrência das fortes chuvas do último fim de semana

    Na terça-feira (5), a classe aceitou reduzir a pedida de 25% para 15% no tíquete de refeição e no salário, mas inicialmente a Comlurb não aceitou retomar as conversas. Nesta quinta-feira (7), as partes se reuniram novamente no Tribunal do Trabalho do Rio de Janeiro e chegaram a um acordo.

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