Acordo
Garis voltam a trabalhar no Rio após fim da greve
Classe aceitou reduzir o pedido de reajuste
Após nova audiência de conciliação no Tribunal do Trabalho do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (7), os garis chegaram a um acordo com a Comlurb e voltarão a trabalhar no Rio. A greve estava em seu décimo segundo dia.
A empresa ofereceu uma nova proposta para a classe, reajustando principalmente o valor do vale-refeição, que passaria de 3% para 6%. A proposta para uma assembleia da classe e aceita. Os valores de reajuste salarial se mantiveram os mesmos desde a primeira contraproposta da Comlurb. Confira o acordo final:
- Reajuste salarial de 6% a partir de março;
- Mais 2% nos salários em agosto;
- Novo reajuste residual em novembro, correspondente à diferença do que for dado de reajuste pela Prefeitura aos servidores municipais;
- Reajuste de 6% no tíquete alimentação;
- Adicional de insalubridade de 20% para as APAs;
- Conclusão da implantação do PCCS, retroativo a janeiro;
- Quanto aos dias parados na greve, 5 dias serão compensados e os demais, descontados, um dia a cada mês (3 dias descontados para quem seguiu a orientação do Sindicato e retornou ao trabalho durante as chuvas ou 6 dias para quem permaneceu em greve direto);
- Com este acordo aprovado, o dissídio aberto na Justiça será encerrado por perda de objeto;
- A Comlurb se compromete a não retaliar os grevistas, ressalvados os excessos individuais cometidos durante o movimento.
Como tudo aconteceu
Os garis entraram em greve na segunda-feira (28). Na ocasião, pediam um melhor reajuste salarial do que os 4% oferecidos pela Comlurb anteriormente.
Em reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde da última quarta-feira (30), a Comlurb ofereceu uma nova contraproposta, mantendo os benefícios e cláusulas sociais já existentes no Acordo Coletivo; reajuste salarial de 6% (março), 2% em agosto e cerca de 2% (de acordo com o reajuste do Município) em novembro; reajuste de 3% no tíquete alimentação; Adicional de Insalubridade para APAs em 20% retroativo a janeiro 2022; conclusão do PCCS, retroativo a janeiro de 2022; compensação dos 3 dias de greve, sem qualquer desconto e pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
O pedido de reajuste inicial foi de 25%, mas a primeira contraproposta da Comlurb foi de apenas 6%. Por considerar um valor muito abaixo da expectativa, os garis votaram, em assembleia na última quinta-feira (31), pela manutenção da greve, que só foi pausada em decorrência das fortes chuvas do último fim de semana.
Na terça-feira (5), a classe aceitou reduzir a pedida de 25% para 15% no tíquete de refeição e no salário, mas inicialmente a Comlurb não aceitou retomar as conversas. Nesta quinta-feira (7), as partes se reuniram novamente no Tribunal do Trabalho do Rio de Janeiro e chegaram a um acordo.
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