Iniciativa
Governo quer leiloar navio que colidiu com a Ponte Rio-Niterói
Está sendo estudado uma solução para embarcações abandonadas
O Governo do Rio de Janeiro solicitou ao Poder Judiciário o leilão do navio São Luiz para que, assim, ele seja descomissionado. A iniciativa é o ponto de partida para um estudo que está sendo realizado para solucionar o problema das dezenas de embarcações abandonadas na Baía de Guanabara. Mês passado a embarcação colidiu com a Ponte Rio-Niterói e chegou a interditar o local por horas.
A iniciativa colocaria o estado na vanguarda do mercado de descomissionamento, atividade que inclui a remoção de estruturas, destinação adequada de materiais, resíduos e recuperação de áreas, de forma segura e dentro das normas ambientais.
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"O descomissionamento pode gerar inúmeras oportunidades, não apenas para a indústria naval de nosso estado, mas também para vários setores da cadeia produtiva como infraestrutura, logística, gestão de resíduos e movimentação de carga, entre muitos outros serviços especializados. E essas oportunidades seguramente irão gerar mais empregos e renda para os fluminenses", afirmou o governador Cláudio Castro.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Cássio Coelho, que preside a Comissão Estadual de Desenvolvimento da Economia do Mar (Cedemar), o assunto já estava no radar da secretaria, mas ganhou ainda mais importância após o incidente do navio graneleiro São Luiz, que colidiu no dia 14 de novembro com a Ponte Rio-Niterói.
A comissão, integrada por autoridades do Inea, Capitania dos Portos e Companhia Docas, além de especialistas, se reuniu no Palácio Guanabara nesta segunda-feira (12) para discutir a questão, que também é analisada por um grupo de trabalho formado no âmbito da secretaria.
"Desde maio, quando assumi a comissão, esse problema das embarcações abandonadas vinha sendo mencionado em diversas reuniões, com diferentes players do setor da economia do mar. Seu descomissionamento já era apontado como uma das alternativas para solucionar o problema e, com o incidente do navio São Luiz, o assunto passou a ser prioridade", explicou Cássio Coelho.
Para os especialistas que participaram do encontro, o descomissionamento pode ser um caminho para a remoção das embarcações na Baía de Guanabara.
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