Cidades

Greve de trabalhadores no Hospital Antônio Pedro, em Niterói

Imagem ilustrativa da imagem Greve de trabalhadores no Hospital Antônio Pedro, em Niterói
|  Foto: Foto : Lucas Benevides
De acordo com os servidores, a empresa está tentando retirar cerca de 50 cláusulas do acordo. Foto: Lucas Benevides

Cerca de 400 profissionais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) iniciaram uma greve, na manhã desta quinta-feira (13), no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), no Centro de Niterói. A principal indagação dos servidores é a demora para a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

De acordo com os servidores, a empresa está tentando retirar cerca de 50 cláusulas do acordo, sendo uma delas o índice de aplicação da insalubridade, o que resultaria em uma perda salarial de 27% em alguns casos. Além disso, os trabalhadores reclamam com a direção do hospital, que, segundo eles, tem tido problemas com questão de sistema de ponto e assédios.

“Nós somos a linha de frente da pandemia e estamos sendo desrespeitados. Querem nos tirar vários benefícios que irão afetar diretamente no nosso salário. Estamos há mais de um ano com esse impasse do acordo e ninguém resolve nada. Os únicos prejudicados nessa história somos nós”, disse a técnica de enfermagem Adriana Klein.

Na manhã desta quinta-feira, os trabalhadores da EBSERH realizaram um ato, na frente da unidade de saúde, iniciando a greve e distribuindo panfletos para outros funcionários do hospital explicando os motivos da paralisação. Quem esteve presente no ato foi o secretário geral do Sindicato Intermunicipal dos Servidores Públicos Federais dos Municípios do Rio de Janeiro (Sindisep-RJ), Raul Bittencourt, que afirmou que os trabalhadores desta categoria merecem respeito por terem enfrentado a pandemia do coronavírus de forma ímpar.

“Precisamos resolver essa questão do acordo, não podemos deixar com que os trabalhadores sejam prejudicados. E acreditamos que isso esteja acontecendo por conta da irresponsabilidade do Governo Federal, através das figuras do Paulo Guedes e do Jair Bolsonaro. Eles fazem um desserviço para a sociedade”, disse o secretário.

Os funcionários se reunirão com a gestão do hospital, ainda nesta manhã, para conversar sobre o desfecho da greve, que, até o momento, segue por tempo indeterminado.

Procurada, a Universidade Federal Fluminense, responsável pelo hospital, ainda não se posicionou.

< Rio adia aplicação da Coronavac e modifica calendário de vacinação Tragédia na porta de motel em Niterói <