Confusão

Guardador de carros é agredido após discussão em Niterói

Caso aconteceu na manhã desta quinta (13)

China relatou que levou diversos golpes na cabeça
China relatou que levou diversos golpes na cabeça |  Foto: Péricles Cutrim
  

Um guardador de carros levou diversos golpes no rosto dados por um homem na calçada da Rua Doutor Celestino, no Centro de Niterói, na manhã desta quinta-feira (13).

O caso aconteceu por volta de 9h, ao lado do prédio do Fórum de Niterói. O motivo seria o estacionamento de um carro que teria sido feito pelo acusado em vaga indevida, há cerca de um mês. 

Antônio Romenig, de 32 anos, conhecido na região como China — atua na via guardando e lavando carros. Ele mostrou os hematomas causados pelas pancadas.

O acusado pela agressão é aluno de uma academia que fica próximo dali. Ele não teve o nome identificado.

Segundo China, o agressor teria parado em vaga destinada ao Judiciário, em meados de março. O flanelinha relata que, na ocasião, orientou o rapaz, mas ele não teria acatado ao pedido.

“Há um mês ele parou o carro na vaga que é para oficial de Justiça. Eu avisei que ele não poderia parar ali. Tem placa. Eu falei pra ele colocar onde eu costumo ficar. Ele não quis tirar e eu chamei o policial que fica no Fórum. Aí ele falou que não me pagaria nada e tudo bem”, explicou.

  

China disse que, na época, a esposa dele grávida de oito meses chegou a discutir com a companheira do agressor. 

“Ela vendo a situação começou a discutir com a mulher dele e deu uma arranhada no carro. A gente trabalha há nove anos aqui. Sempre cuido dos carros, a galera gosta. Lavo carros de juiz, de oficial de justiça, ninguém nunca teve problema comigo. Mas ele chegou com arrogância”, pontuou.

Nesta quinta, segundo China, mesmo após todo o intervalo de tempo, o rapaz retornou ao local mais agressivo. 

“Minha orelha está inchada, estou sentindo dor no maxilar. Depois de um mês, ontem ele apareceu de novo. Eu mesmo cumprimentei ele, dei bom dia, falei normal. Não sei se ele pensou que foi deboche. E hoje que ele tomou as dores e já chegou me agredindo direto”, relatou. 

O ENFOCO esteve na academia do acusado para ouvir a versão dele, mas não conseguiu localizá-lo. 

Outra versão

Em contato com a reportagem, a esposa do acusado afirmou que China "ameaça constantemente as pessoas que usam do estacionamento público e que se recusam a ser extorquidos por ele". 

Conforme a mulher, "não satisfeito com as ameaças que vêm fazendo a mim diariamente, hoje [quinta] ele arranhou todo o meu carro". 

A mulher ainda contou ao ENFOCO que informou ao guardador que chamaria à polícia, mas ele não teria se intimidado.

"Eu disse que chamaria à polícia, ele disse que já tinha mais de 10 passagens, que não daria nada. Como sou mulher, ele não se preocupou em me intimidar, porém, ele não contava com a presença do meu marido hoje", alegou.

O professor de Muay Thai Guilherme Neném, 23 anos, trabalha em uma academia próxima ao local onde ocorreu a confusão. Ele presenciou a briga e disse que correu para lá na tentativa de apartar. 

“Tentei acalmar o cara. Ele estava muito agressivo. Eu olhei e China não estava esboçando reação. O cara que estava batendo. Eu achei uma injustiça. Todo mundo conhece China aqui. Falo com ele todo dia. Ele trabalha aqui”, narrou.

Pai de dois filhos pequenos, Antônio Romenig, o China, afirmou que não vai registrar o caso na delegacia.

“É melhor deixar pra lá. Mas o cara é agressivo e não me soltava por nada. Me deu vários socos. Eu tinha acabado de deixar minha filha na escola. Um professor da academia que me salvou. Isso foi uma injustiça”, lamentou.

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