Cidades

Imóveis ficam mais baratos em Itaipuaçu

No distrito de Itaipuaçu, em Maricá, o valor do metro quadrado de venda de casas teve baixa de R$ 3.268 para R$ 3.229. Foto: Pedro Conforte

Adquirir um imóvel em Itaipuaçu, distrito de Maricá, ficou 1,2% mais barato em outubro deste ano, na variação com o mesmo período de 2019, segundo indicador do Sindicato da Habitação (Secovi) Rio. Na região, o valor do metro quadrado de venda de casas teve baixa, em média, de R$ 3.268 para R$ 3.229.

Já quem está em busca da casa própria em Ponta Negra também pode economizar, isso por conta da desvalorização de 0,6% apresentada em outubro. O valor do m² para venda de casas — que há 12 meses estava em R$ 2.822 — decresceu para R$ 2.806 na mesma temporada deste ano.

No bairro de Araçatiba, o cenário foi diferente: especialistas do mercado imobiliário indicam alta nos preços. Com a valorização de 8,3%, o preço do metro quadrado de uma casa saltou de R$ 2.518 para R$ 2.727; seguido do Centro (7,2%) que explodiu valor de R$ 3.077 para R$ 3.299 e Barra de Maricá (5,6%) que teve acréscimo de R$ 3.285 para R$ 3.470.

Niterói

Pesquisa revela mudança no comportamento de proprietários em São Francisco com imóveis mais baratos e valorização nos aluguéis. Foto: Pedro Conforte

O levantamento feito pelo Secovi Rio mostra que imóveis residenciais ofertados na Boa Viagem, Zona Sul de Niterói, mantiveram tendência de queda em outubro. A desvalorização foi de 6,3% no valor do metro quadrado, por lá, na variação com o mesmo período de 2019 — com valor atualmente atingindo média de R$ 7.590.

Já estava mais barato comprar um imóvel residencial na região em setembro, quando a desvalorização chegou a 7,8%. No bairro, que é considerado um dos mais nobres do município, o valor do metro quadrado chegou a R$ 7.644 no nono mês deste ano.

Outro bairro nobre de Niterói que também apresentou desvalorização no preço de imóveis é São Francisco (3,3%), com valor do metro quadrado de venda atingindo faixa de R$ 7.585 em outubro. Ficou mais barato morar também em São Domingos (2,2%), Piratininga (2,6%) e Ingá (2,8%).

Valor e variação do m² de venda em bairros de Niterói

BairrosR$/m² - Out20Variação (12 meses)
BaduR$ 5.4140,3%
BarretoR$ 5.009-1,2%
Boa ViagemR$ 7.590-6,3%
CamboinhasR$ 7.4635,3%
CentroR$ 5.2330,6%
CharitasR$ 8.9051,4%
FátimaR$ 4.7652,0%
FonsecaR$ 3.984-0,7%
GragoatáR$ 8.357-1,0%
IcaraíR$ 7.4900,03%
IngáR$ 6.720-2,8%
ItacoatiaraR$ 6.3733,0%
ItaipuR$ 6.0185,2%
Largo do BarradasR$ 4.1384,7%
MaceióR$ 4.6021,1%
Maria PaulaR$ 4.75311,5%
PendotibaR$ 5.0520,9%
PiratiningaR$ 7.080-2,6%
São DomingosR$ 5.658-2,2%
São FranciscoR$ 7.585-3,3%
Santa RosaR$ 5.802-0,1%
Vital BrazilR$ 6.288-1,9%
Fonte: Centro de Pesquisa e Análise do Secovi Rio

Aluguel

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Valor do aluguel mais em conta no Centro. Foto: Pedro Conforte

Em relação a variação de preços de imóveis locáveis, três bairros nas zonas Sul e Norte protagonizaram o trending topics de valorização: Vital Brazil (19,6%), São Francisco (15,60) e Barreto (11,8%). Em seguida surgem as localidades de Charitas (8,2%), Fonseca (6,7%), Piratininga (7,1%) e São Domingos (4,6%).

Em contrapartida, o Centro sofreu desvalorização de 4,6% e o Ingá com 5% de queda no valor do metro quadrado para locação, conforme aponta o Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio.

Municípios

O preço de venda de imóveis residenciais em 50 municípios teve alta pelo segundo mês consecutivo. Em outubro, o Índice FipeZap cresceu 0,43%, após apresentar aumento de 0,53% em setembro. Os dados são do Índice Fipezap, pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Apesar do incremento, o índice ficou abaixo do esperado, tendo como parâmetro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mensurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa era de que a variação fosse de 0,79%.

"Uma vez confirmada a variação esperada dos preços ao consumidor, o preço médio de venda de imóveis residenciais encerrará o referido mês com queda de 0,36%, em termos reais", destaca, em nota, o Grupo Zap.

A projeção do IPCA consta do Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central. Ainda segundo a empresa, todas as capitais brasileiras monitoradas pelo Índice FipeZap apresentaram elevação do preço médio de venda de imóveis residenciais no último mês: Recife (1,68%), Manaus (1,22%), Vitória (1,16%), Curitiba 1,09%), Campo Grande (1,06%), João Pessoa (0,90%) e Goiânia (0,80%).

Em São Paulo, município ao qual se atribui o maior peso no cálculo do Índice FipeZap, a variação nominal registrada em outubro foi de 0,25%. Já no Rio de Janeiro, outra referência bastante importante, o crescimento foi de 0,39%.

Entre imóveis residenciais, o preço médio de venda foi de R$ 7.424 por metro quadrado, em outubro. A capital com o valor mais elevado foi Rio de Janeiro com R$ 9.383/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.265/m²) e Brasília (R$ 7.927/m²). No outro extremo, estão Campo Grande (R$ 4.342/m²), Goiânia (R$ 4.403/m²) e João Pessoa (R$ 4.431/m²).

No acumulado do ano, verifica-se uma alta nominal de 2,75% no Índice FipeZap, sendo que a variação esperada para o IPCA é de 2,14%. Na comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e a inflação esperada, a expectativa é de que o preço médio de venda dos imóveis residenciais encerre o período com alta real de 0,59%.

Ao longo do ano, todas as capitais acompanhadas registraram alta, com exceção do Recife, onde o preço médio de venda residencial acumulou queda de 2,15%. Brasília identificou o crescimento mais significativo (8,33%), sendo seguida por Curitiba (6,35%), Florianópolis (5,27%), Campo Grande (5,07%), Maceió (4,85%) e Manaus (4,67%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os preços médios de venda do segmento residencial encerraram o período com altas acumuladas de 3,07% e 1,02%, respectivamente.

Nos últimos 12 meses, o Índice FipeZap de Venda Residencial teve como resultado um avanço nominal de 2,72%. Comparando-se com a inflação acumulada nos últimos 12 meses (+3,85%), obtém-se queda real de 1,08%.

Entre as capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, Brasília é que acumula o maior aumento nominal (7,18%). Na sequência, estão Curitiba (6,89%), Florianópolis (5,85%), Vitória (5,29%), Campo Grande (4,95%), Belo Horizonte (4,32%), Manaus (4,21%), São Paulo (3,59%) e no Rio de Janeiro (0,60%). Entre as que registraram quedas, estão Fortaleza (-3,73%) e  Recife (-1,65%).

Com Agência Brasil

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