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    Índios resistem às tecnologias em nome das tradições em Maricá

    Publicado 23/01/2020 às 19:55 | Autor: Deborah Manhanini
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    Pinturas e cocar são usados em dias de festa na aldeia Foto: Ibici Silva
    Pinturas e cocar são usados em dias de festa na aldeia Foto: Ibici Silva

    A aldeia indígena Mata Verde Bonita ou em tupi-guarani Tekoa Ka'Aguy Ovy Porã, localizada em Maricá desde 2013 desafia a enorme quantidade de informações e tecnologias e mantém as origens da língua guarani. Atualmente cerca de 107 pessoas moram na aldeia localizada em 93 hectares de área na restinga.

    A frente da aldeia há 2 anos, a cacique Para Reter Yry, também conhecida como Jurema Nunes, explica sobre como a preservação da língua ajuda a manter as tradição.

    "Até os seis anos de idade as crianças só falam a língua guarani, a partir dessa idade o português é inserido como idioma, pois eles depois disso precisarão conhecer e se comunicar fora da aldeia" explica.

    A aldeia possui uma escola indígena que atende cerca de 30 indígenas, até o 5° ano do ensino fundamental.

    Outra curiosidade da aldeia são os nomes das crianças, que só são escolhidos a partir de 1 ano de idade, antes desse período os bebês são chamados de menino e menina.

    Todas as 31 famílias moram em ocas confeccionadas com telhado de sapê e pau a pique. A tecnologia ainda não chegou em sua totalidade e o celular ainda é item raro entre os indígenas.

    "Acreditamos que as redes sociais e o mundo fora da aldeia atrai coisas ruins. Já tivemos casos de outras aldeias em que índios tiveram acesso às redes sociais e tiveram problemas. Esse é um assunto que foi tema de um encontro indígena aqui na aldeia, para orientação e explicação aos jovens. Nossa ideia é manter a nossa tradição sem a influência exterior", conta.

    Artesanato serve como fonte de renda para os indígenas Foto: Ibici Silva


    Todo o trabalho da aldeia é feito em conjunto, além do plantio e criação de animais, o artesanato serve como fonte de renda. Cocar, filtro dos sonhos, brincos, pulseiras são feitos e comercializados aos finais de semana pelos índios, que recebem a população que quer conhecer o local.

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