Avanço

‘Lei Gui’ aprovada na Alerj cria programa especial para pacientes

Pessoas com epidermólise bolhosa receberão também pensão

Pequeno Gui participou da votação, nesta quinta, na Alerj
Pequeno Gui participou da votação, nesta quinta, na Alerj |  Foto: Reprodução

Com a presença do menino Guilherme Gandra, os deputados estaduais aprovaram, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a “Lei Gui”, nesta quinta-feira (28), que visa a criação de uma Programa de Assistência Especializada em Epidermólise Bolhosa, na rede pública de saúde. A proposição também autoriza o Governo do Estado a conceder uma pensão para as pessoas que possuem a doença e seus seus responsáveis legais.

A ideia do programa veio de um aplicativo da Alerj, o “LegislAqui”, pela mãe do Guilherme, que ganhou conhecimento nas redes sociais depois do menino de 8 anos passar 16 dias em coma, por conta da doença.

"Esse projeto não vai beneficiar só o Gui, mas também 58 pacientes em tratamento no estado. Até o Gui nascer, eu não tinha conhecimento dessa doença. Os curativos e custos relacionados à doença são muito caros e o acesso à equipe multidisciplinar é muito difícil. O Gui tem nove anos, mas tem o tamanho e o peso de uma criança de cinco, por isso precisa de uma suplementação especial. Ele perde muitos nutrientes por conta da cicatrização, o que impede ele de crescer", disse a mãe do Gui, Tayane.

"Hoje é um dia marcante para todos nós. A história do Gui e de sua família nos mostrou a urgência de garantir atendimento especializado para os pacientes com epidermólise bolhosa. A aprovação desta lei é uma prova concreta de que a ALERJ está verdadeiramente aberta ao diálogo e comprometida em transformar vidas", afirmou Rodrigo Bacellar (PL), o presidente da Alerj em suas redes sociais.

Pequeno Gui, junto da mãe e Rodrigo Bacellar (PL), presidente da Alerj
Pequeno Gui, junto da mãe e Rodrigo Bacellar (PL), presidente da Alerj |  Foto: Reprodução/Instagram

Os pacientes portadores da doença receberão atendimento prioritário na rede pública de saúde. Além disso, eles também ganharão o direito de realizar consultas e exames específicos, atendimento de equipe multidisciplinar e acompanhamento genético.

As unidades de saúde também deverão promover um mapeamento genético de bebês que nasceram em hospitais e maternidades públicas e que tenham a suspeita da doença. Além disso, os casos devem ser notificados para à Secretaria de Saúde, visando um melhor encaminhamento de tratamento.

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