Cidades
Mais uma suspeita de Coronavírus em Niterói e Maricá na lista
Subiu para três, o número de casos suspeitos de infecção pelo Novo Coronavírus (Covid-19) em Niterói. Além disso, Maricá entrou para a lista com um caso suspeito, segundo boletim divulgado na tarde desta sexta-feira (28). De acordo com a pasta, 17 casos suspeitos estão sendo monitorados.
Os casos foram registrados nos seguintes municípios: Rio de Janeiro (8), sendo seis residentes e dois estrangeiros), Niterói (3), Maricá (1), Macaé (1), Nova Friburgo (1), Resende (1) e Nova Iguaçu (1 estrangeiro). Além desses, uma notificação foi feita por Niterói, mas o local da residência ainda está sendo investigado.
Além dos sintomas respiratórios, os pacientes têm histórico de viagem para países com circulação ativa do vírus.
“Estamos em alerta máximo e preparados para enfrentar o Coronavírus. Desde o início do ano, trabalhamos na organização de um plano de resposta eficiente e ágil para enfrentar este novo vírus. E, em cerca de quarenta dias, teremos 75 leitos reservados para o isolamento de pacientes com coronavírus com indicação de internação hospitalar", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.
Maricá
A Prefeitura de Maricá esclareceu que uma pessoa deu entrada nesta sexta-feira (28) no Hospital Municipal Conde Modesto Leal com quadro clínico de dor de garganta, sem febre e falta de ar.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente relatou que teve contato com uma pessoa em Maricá da cidade italiana de Florença, local que não há registro da doença, há quatro dias e que o mesmo já foi embora.
Por precaução, foi colhido material para análise e encaminhado para o laboratório estadual, conforme protocolo do Ministério da Saúde. O paciente não está internado, foi liberado sem nenhum critério de gravidade e com orientação e medicação.
Contingência
No mês passado, a SES elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar um possível surto no Estado do Rio de Coronavírus, que é capaz de provocar epidemias e pode evoluir a pandemias.
Para proteger o cidadão fluminense do COVID-19, a SES definiu objetivos estratégicos, a fim de evitar a disseminação do vírus entre uma população sem imunidade para este subtipo viral.
O plano emergencial tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade da esfera estadual de governo. Ficou decidido que a SES vai apoiar, em caráter complementar, os gestores municipais no combate a um possível surto de Coronavírus, precavendo-se e organizando o enfrentamento de tudo aquilo que sair da normalidade. Com isso, a SES iniciou a preparação do plano de contingência em funcionamento no Nível Zero.
Os demais níveis de acionamento (um, dois e três) são organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.
O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para conter a transmissão humano a humano, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.
Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconiza a OMS e o Ministério da Saúde.
O terceiro item abordado no tópico sobre os objetivos estratégicos do plano aponta para a comunicação do problema: os riscos e casos registrados no Estado do Rio de Janeiro devem ser informados à sociedade o mais rápido possível para, entre outras coisas, combater a desinformação e as perigosas fake news.
Surto
Nível Zero – Casos importados notificados ou confirmados.
Nível de Ativação 1 – Transmissão autóctone de Coronavírus no estado do Rio de Janeiro.
Nível de Ativação 2 – Transmissão sustentada na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
Nível de Ativação 3 – Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no Nível 2 de ativação forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. E, ainda, quando a rede de atendimento definida for incapaz de atender à demanda.
Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado pela Secretaria de Estado de Saúde um hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.
Processo de confirmação ou descarte
Caso o paciente esteja com os sintomas do Coronavírus e tenha viajado para países com circulação ativa do vírus, o primeiro passo é procurar uma unidade de saúde para buscar assistência.
No local, o profissional da unidade vai colocar em prática o protocolo de atendimento para casos a serem investigados - como uso de equipamento de segurança e isolamento do paciente -, além de notificar a Vigilância Municipal a respeito do caso.
Além disso, o profissional de saúde realizará coleta do material para análise, que será entregue pela Vigilância Municipal ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ).
No Lacen, o material é dividido em duas partes. Uma parte da amostra é analisada na própria unidade, investigando vírus respiratórios comuns, e a outra é enviada à Fiocruz, que realiza a testagem para o coronavírus.
A SES esclarece ainda que o acompanhamento do paciente e pessoas que entraram em contato com ela é realizado pela Vigilância Municipal de cada cidade.
Diferença entre casos
Notificados - Ainda não é considerado como caso suspeito, já que depende de avaliação de critérios definidos pelas autoridades sanitárias
Suspeitos - Caso atende aos critérios das autoridades e será confirmado ou descartado com base em análise laboratorial.
Medidas de prevenção- Proteger nariz e boca ao espirrar ou tossir- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos- Lavar frequentemente as mãos, especialmente após espirrar ou tossir- Evitar ambientes com muita aglomeração- Utilizar álcool em gel nas mãos.
O que fazer em caso de suspeita
Se estiver com febre ou sintomas respiratórios e tiver vindo de países com casos de coronavírus:
Cubra o rosto com máscara cirúrgica.
Vá à unidade básica de saúde, hospital de emergência ou à UPA mais próxima.
Siga as orientações dos profissionais de saúde.
Siga as medidas de prevenção: lave as mãos frequentemente, cubra o rosto ao tossir e espirrar, não compartilhe objetos de uso pessoal, evite locais de grande aglomeração, utilize álcool em gel para as mãos.
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