Cidades
Médico é afastado após 'transtorno comportamental' em SG
Um médico Clinico Geral que prestou atendimento neste domingo (2) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pacheco, em São Gonçalo, foi afastado de suas atividades pela direção da unidade, após denuncias, inclusive publicadas na internet, através de vídeos, sobre o atendimento prestado pelo médico de plantão, que leva a mão no rosto e chega a perder o equilíbrio se debruçando na mesa.
"Será o cansaço de trabalhar tantas horas sem dormir? Com toda a pressão, o corpo e o psicológico acabado? Prefiro pensar por esse lado antes de falar qualquer coisa", relata a internauta.
O vídeo foi gravado por um dos pacientes, que relataram as alterações de comportamento do Clinico gerando divergências sobre o que poderia estar resultando nas ações do médico durante os atendimentos.
Uma das acompanhantes, que não quis se identificar, saiu em defesa do médico e relatou que a irmã deu entrada na UPA por volta de 16h deste domingo com um corte profundo em uma das mãos e foi bem atendida pelo clínico. Segundo ela, apesar de cansado ele realizou quatro pontos na mão da paciente.
“Minha irmã foi atendida por ele ontem à tarde. Ela percebeu que ele estava um pouco cansado e sonolento. Ele pediu desculpas alegando que estava virado 48h de plantão mas apesar disso, não temos o que reclamar do atendimento”, contou.
Outro leitor questionou o médico continuar no plantão, apesar das condições apresentadas nas imagens: "Mas um médico não pode trabalhar assim! Da mesma forma que ele salva vidas ele pode matar uma pessoa prescrevendo uma medicação errada! Infelizmente tem os dois lados da moeda : ele não pode trabalhar assim, mas se ele não se mata em plantões não dá pra manter um padrão de vida de qualidade".
Dispensado
Segundo a Prefeitura de São Gonçalo, responsável pela unidade de saúde, o profissional realizava seu primeiro plantão médico na unidade, com entrada às 7h. Ainda de acordo com a direção, o problema foi percebido e na mesma manhã ele foi afastado das atividades, dispensado e substituído por outro profissional, apesar de pacientes relatarem que receberam atendimento do médico em outras ocasiões na mesma unidade e durante todo período da tarde.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) ainda não se pronunciou sobre o caso.
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