Cidades

Mercado São Pedro prevê queda de 70% na venda do pescado

Apesar da estimativa de queda, a fila dava volta no quarteirão nesta quinta (9). Foto: Ibici Silva

Apesar das dezenas de pessoas que formaram fila no Mercado São Pedro, no centro de Niterói, para comprar pescados para a Sexta-feira Santa, que acontece neste dia 10, a venda no estabelecimento deve ter uma queda de quase 70%. A estimativa é da Associação dos Comerciantes do mercado, devido a pandemia causada pelo novo coronavírus.

Segundo o diretor da associação, Atílio Guglielmo, todos os 39 boxes de pescado e um de acompanhamentos estão funcionando normalmente. Para que as pessoas possam comprar com mais tranquilidade, os representantes do mercado informaram que adotaram medidas em parceria com a Prefeitura de Niterói e a Vigilância Sanitária, como a entrada de apenas 50 pessoas por vez no local. Os restaurantes do mercado, no entanto, seguem fechados.

Apesar da afirmação, na manhã desta quinta-feira, a equipe de reportagem do Plantão Enfoco flagrou mais de 100 pessoas no interior do mercado.

"Está todo mundo muito preocupado com as vendas dos pescados e, por isso, fizemos essa parceria com a Prefeitura, onde fazemos uma restrição de entrada de pessoas, entrada e saída do mercado feitas separadamente, fila com distanciamento e álcool em gel para quem acessa as dependências do estabelecimento", informou Atílio.

De acordo com a Prefeitura, o Mercado São Pedro pode operar apenas com controle do número de clientes que entram no local. O limite é de cinco pessoas em cada box, mantendo distância mínima de 1,5 metro. Qualquer irregularidade pode ser denunciada pelo disque 153.

Os peixes mais vendidos nessa época do ano são corvina, anchova, dourado, namorado, camarão e salmão. O dia de maior expectativa de vendas, segundo Atílio, é nesta quinta-feira.

Cuidado na hora das compras

Mesmo no momento da compra dos peixes, os consumidores relatam que tomam as devidas precauções para evitar a contaminação. Esse é o caso da dona de casa Jaqueline Daflon, de 35 anos.

Ela explicou que segue normalmente o isolamento social, sem sair de casa, porém nesta quinta-feira, precisou ir até o mercado para garantir o pescado na mesa da família.

"Estou toda hora passando álcool em gel nas mãos a todo momento. Não estou com medo de me contaminar, mas estou tomando as precauções. Eu e meu marido só saímos hoje porque temos que tem o peixe para comer na Sexta-feira Santa", explicou.

A professora Mônica Oliveira, 47, explicou que tem uma neta pequena em casa e, por isso, toma todas as precauções quando precisa sair. Por isso, no momento de sair para fazer as compras do pescado, ela utilizou máscara de tecido.

"Tenho saído apenas para ir ao mercado. Meu marido e filha estão trabalhando, mas eu tenho uma neta em casa e outra filha que estudam não estão saindo de casa nessa quarentena. Quando vou para a rua, tenho que tomar as precauções. Assim que chegar em casa vou direto tomar banho", declarou.

< Anvisa libera cadastro online para venda de cannabis medicinal CPF pode ser emitido nos Correios <