Cidades

Morador de Niterói é vítima de golpe pelo WhatsApp

Um morador do bairro São Lourenço, em Niterói, foi vítima de um golpe pelo WhatsApp após anunciar o veículo em um site de vendas. A vítima teve o acesso ao aplicativo de mensagens bloqueado e o criminoso tentou conseguir dinheiro por meio de mensagens para amigos e familiares.

O caso aconteceu no dia 17 de setembro. O vendedor Maurício Pereira, de 34 anos, havia acabado de anunciar o seu carro, um Jeep Renegade, na plataforma de compra e vendas OLX. No anúncio, como exige o site, estavam expostos o nome e o telefone dele. Apenas essas duas informações foram necessárias para que os criminosos aplicassem o golpe.

"Eu tinha acabado de fazer o anúncio e recebi uma ligação. Era uma pessoa se passando por um funcionário da OLX falando que precisava fazer um procedimento de segurança para identificar se o carro realmente existia, se não era golpe por ser caro. Eu não levei na maldade, porque a pessoa estava muito calma e falava muito bem, parecia realmente de alguma empresa", explicou.

O suposto funcionário pediu, então, que Maurício confirmasse os seis dígitos que chegariam no celular dele por SMS. Mas, o que ele não sabia, era que esse código se tratava, na verdade, da senha de acesso ao aplicativo WhatsApp. Ou seja, os criminosos se passaram pela vítima "recriando" um perfil no app.

"Eu me dei conta que era golpe quando eu vi a mensagem que enviaram para minha namorada, que estava ao meu lado. Eu ainda estava na linha com ele, então não tinha como ver o WhatsApp. Ele teve acesso às conversas, todo o histórico e começou a pedir dinheiro para os meus contatos, alegando que o meu limite diário de transferência bancária tinha excedido", detalhou.

As quantias foram diferentes para cada contato. Para a namorada de Maurício o criminoso pediu R$1.350. Já para outros amigos, o valor foi mais alto, de R$1.650. A vítima só conseguiu ter acesso de volta ao aplicativo duas horas depois.

"Eu só consegui retomar a linha quando expirou o prazo para se cadastrar novamente. Eram sete horas para enviar outro código por mensagem e duas para emitir via ligação. Ele ficou com acesso durante esse tempo e fez isso, imagina se ficasse as sete horas?", indagou.

Para a sorte de Maurício, nenhum amigo fez a transferência para os criminosos. Por não haver lesão financeira, o caso não foi registrado na delegacia. No entanto, de acordo com o vendedor, o susto foi grande.

"Na hora eu fiquei uma pilha de nervos. Eu não sabia tudo o que ele estava fazendo, com quem estava falando. Eu usei o telefone da minha namorada para tirar o máximo de detalhes. Mas é revoltante", contou.

Em nota, a OLX informou que o objetivo da empresa é que os usuários tenham a melhor experiência possível de compra e venda e, por isso, investe em tecnologia e orientações para o usuário, que tem sido impactado constantemente e de diferentes formas com alertas e comunicados na plataforma sobre as melhores práticas de negociação.

"Permitimos apenas que usuários logados na plataforma tenham acesso ao chat da OLX para iniciar uma negociação. Desconfie de pessoas que entram em contato com você afirmando que são representantes da OLX, principalmente se forem feitas solicitações como pagamentos, envio de produtos, senhas ou documentos pessoais. A OLX não faz esse tipo de abordagem nem condiciona a publicação de seu anúncio ao envio de qualquer informação pessoal", alertou.

Outro ponto levantado pela marca é que ela não solicita informações que permitam acesso à conta via chat, telefone, SMS, WhatsApp e redes sociais.

A delegacia de repressão aos crimes de informática (DRCI), por meio da assessoria da Polícia Civil, também foi questionada, porém não respondeu se há uma investigação em curso relacionada ao tema.

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Matheus Merlim

Compromisso social através da informação e fiscalização do poder público, sempre dentro dos pricípios universais da justiça e da democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação.

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