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    'Mosquitos do bem' chegam a Zona Norte de Niterói

    Publicado 13/08/2019 às 22:34 | Autor: Plantão Enfoco
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    Aedes aegypti com Wolbachia começam a ser liberados na primeira semana de setembro

    A partir de setembro os bairros Fonseca, Engenhoca, Cubango, Santana e São Lourenço, em Niterói, entram na lista dos locais que receberão Aedes aegypti com Wolbachia, aliados no combate a dengue, zika, chikungunya. As liberações dos mosquitos serão feitas durantes 16 semanas por técnicos da Fiocruz, em carro identificado e também por Agentes de Saúde da Prefeitura de Niterói, em pontos mapeados e pré-determinados. 

    Mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia têm capacidade reduzida de transmitir dengue, Zika, chikungunya. Ao serem soltos na natureza se reproduzem com os mosquitos de campo e geram Aedes aegypti com as mesmas características, tornando o método autossustentável. Esta iniciativa não usa qualquer tipo de modificação genética.

    De acordo com a Fiocruz, a Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza. Ela foi inserida em ovos de Aedes aegypti na Universidade de Monash, na Austrália, onde se identificou que, uma vez presente nestes mosquitos, a capacidade de transmissão das doenças fica reduzida. O método é seguro para as pessoas e para o ambiente, pois a Wolbachia vive apenas dentro das células dos insetos.

    Análises preliminares na região
    Análises preliminares apontam que o método Wolbachia já apresenta resultados positivos na redução dos casos de dengue e chikungunya em áreas onde a Wolbachia já está estabelecida.

    Os resultados ainda não são definitivos. “Pela natureza do projeto, por ser algo vivo e dinâmico, com fatores sazonais, dinâmica das doenças e população é necessário tempo para mostrar resultados”, aponta Betina Durovni, líder de epidemiologia do WMP Brasil.

    De acordo com estudos estatísticos três anos seria o prazo mais adequado para análises mais robustas do ponto de vista científico. As liberações de Aedes aegypti com Wolbachia na área em estudo de Niterói tiveram início em janeiro de 2017. Em julho a área terá dois anos de observação e até o momento os resultados são considerados promissores, porém não definitivos.

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