Cidades
Motoristas do BRT realizam paralisação nesta segunda
Publicada às 7h43. Atualizada ás 13h48
Cariocas que precisaram utilizar o BRT Rio foram surpreendidos com uma paralisação dos motoristas na manhã desta segunda-feira (1º). Com estações fechadas e ônibus que não saíram das garagens, passageiros estão encontrando dificuldades para chegar ao trabalho.
Em nota, o BRT Rio informou que "os serviços nos seus três corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica) foram interrompidos nesta manhã, devido à paralisação das atividades de alguns motoristas que impediram a saída dos ônibus das garagens".
Ainda segundo o BRT, embora a operação estivesse pronta para iniciar às 4h, o movimento acarretou irregularidades nos intervalos, inviabilizando a operação em todo o sistema.
No sábado (30), o BRT Rio fez uma comunicado oficial informando que não teria recursos para honrar seus próximos compromissos prioritários, como o pagamento da segunda parte do salário de janeiro, que deveria ser paga até o dia 5 de fevereiro e também para a compra de insumos necessários à operação, como combustível.
Ainda de acordo com a nota, a crise é resultado direto do agravamento dos impactos da pandemia sobre todo o setor de transportes públicos.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), fez um apelo em um sua conta do Twitter, por volta de 7h desta segunda (1º) para pedir aos motoristas que voltem ao trabalho.
De acordo com a prefeitura, Eduardo Paes (DEM) vai se reunir com representantes do consórcio responsável pelo BRT, para debater sobre a paralisação. A reunião está marcada para ás 17h no gabinete do prefeito.
Sindicato
Sebastião José, presidente do Sindicato do Rodoviários do município do Rio, afirmou que a greve foi antecipada sem o aval da entidade sindical.
"O clima entre os trabalhadores está muito acirrado, e de fato, tem uma parte que está muito radicalizada. O sindicato entende a situação dos trabalhadores, mas não puxou a greve. Tem um grupo que tomou a iniciativa de se antecipar ao sindicato e fazer a paralisação. Estamos em plena negociação, inclusive notificando a empresa. ", afirmou.
Sebastião disse também que a categoria estava tentando negociar desde a semana passada para evitar que a greve acontecesse.
"Até tínhamos o indicativo de greve, mas isso seria em um segundo momento, caso se concretizasse as ameaças que o BRT estava fazendo. Colocando os motoristas em casa sem remuneração, entre outros. Jamais o sindicato iria defender uma paralisação reclamando da falta de pagamento, antes mesmo do prazo se concretizar. Sabemos que existem questões políticas que acabam interferindo na organização. Infelizmente houve essa antecipação, por um grupo de pessoas que não tem responsabilidade com que faz", declarou.
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