Sem anistia
Movimentos sociais e entidades realizam ato pró-democracia no Rio
Manifestação aconteceu em reação aos atos golpistas em Brasília
Movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda convocaram, para esta segunda-feira (9), atos em defesa da democracia em várias cidades brasileiras para repudiar as ações terroristas que aconteceram, no domingo (8), em Brasília. No caso do estado do Rio de Janeiro, uma das manifestações foi realizada na Cinelândia, no Centro do Rio, no início da noite desta segunda, apesar da chuva.
O ato contou com a participação de integrantes da Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Fórum das Centrais Sindicais, Frente pelos Direitos e Liberdades Democráticas, Coalizão Negra Por Direitos, Convergência Negra, além de vários sindicatos e dos partidos PT, PCdoB e Psol.
"Contamos com a presença de toda a militância e dos movimentos sociais. Este momento grave exige que todos os democratas ocupem as ruas em defesa da democracia e do Brasil", afirmou João Maurício, presidente do Diretório Estadual do PT.
De acordo com os organizadores, também foram realizados atos semelhantes em outras cidades fluminenses. Foram elas: Resende (Mercadão Popular), Campos dos Goytacazes (Calçadão), Volta Redonda (Praça Juarez Antunes), Nova Friburgo (Praça Demerval Barbosa Moreira), Petrópolis (Praça da Inconfidência) e Cabo Frio (Largo Santo Antônio).
Além de manifestar a importância da defesa do Estado Democrático de Direito, os movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda também fizeram questão de pontuar a necessidade de não concessão de anistia aos culpados que financiaram os atos extremistas.
“Exigimos ação enérgica do governo para garantir a soberania popular, o cumprimento da Constituição e o pleno exercício da democracia. Soberania que, através do voto, elegeu o presidente da República e o Congresso Nacional”, informou a nota conjunta das Centrais Sindicais que participaram do ato.
A mobilização aconteceu depois que bolsonaristas radicais entraram na Esplanada, invadiram o Congresso Nacional em Brasília e vandalizaram tudo, chegando a quebrar objetos raros. Além disso, eles tiveram acesso ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto, depredando as sedes dos três Poderes.
Fora do Brasil, alguns presidentes se pronunciaram sobre o caso, criticando as ações terroristas contra a democracia do Brasil. Devido ao caos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal no Distrito Federal até 31 de janeiro.
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