Cidades
MP pede condenação de máfia de taxistas em Niterói
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), ajuizou nesta quarta-feira (24), ação civil pública (ACP) por improbidade administrativa contra uma organização criminosa que fraudava autonomias de táxi em Niterói.
De acordo com a ACP, um grupo de 24 pessoas, liderado pelos fiscais da Secretaria Municipal de Transportes Roberto Carlos Brito da Costa e Alexandre Soares Schroeder, movimentaram um esquema de arrecadação de propina para permitir a circulação de mais de 600 veículos “piratas” nas ruas do município, entre os anos de 2010 e 2015. Na ação, o MPRJ pede a indisponibilidade de bens móveis e imóveis de Roberto e Alexandre até o valor de R$ 27 milhões.
Como funcionava o esquema
Segundo as investigações, os membros da organização criminosa exerciam funções claramente definidas, distribuídas em cinco núcleos de atuação:
Fiscais fraudavam as autonomias
Despachantes agilizavam a liberação dos documentos, atuando junto ao Detran para a caracterização dos veículos
Arrecadadores recebiam propina dos taxistas “piratas” e distribuíam entre os envolvidos
Alimentadores recrutavam novos integrantes para a organização
Relojoeiros instalavam taxímetros e selos de vistoria falsificados nos veículos.
Em seu pedido, o MPRJ também requer a condenação dos réus pela prática de atos de improbidade administrativa previstos nos artigos 9 e 11 da Lei nº 8.429/92: recebimento de vantagem patrimonial indevida, deixar de praticar ato de ofício, praticar ato visando fim proibido em lei e violação aos princípios regentes da Administração Pública.
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