Histórico
Ala da Inclusão! Viradouro inova e promete emocionar na Sapucaí
Desfile será no dia 7 de março, a partir das 22h30

A Escola Mirim da Viradouro, a Virando Esperança, vai levar pela primeira vez à Sapucaí uma Ala de Inclusão, que tem o intuito de incluir crianças e jovens de até 21 anos com algum tipo de deficiência. O ato simboliza um passo importante dentro do mundo do samba. O desfile será no dia 7 de março, uma sexta-feira, às 22h30, na Marquês de Sapucaí.
A ideia da Ala da Inclusão surgiu no final de 2024, durante uma reunião na quadra da Viradouro. O encontro contou com Carol Abreu, diretora da Virando Esperança; Carol Reis, mãe atípica, e a fonoaudióloga Paola Amaral, representante da Associação Fluminense de Reabilitação (AFR).
Estamos rompendo barreiras
A iniciativa ganhou força com a mobilização de instituições de reabilitação da cidade de Niterói, que ajudaram a convocar as famílias para participar. Hoje, a ala conta com cerca de 20 crianças com diferentes tipos de deficiência, mas que levam muita alegria e sorriso no rosto para o desfile.

Em entrevista ao ENFOCO, Carol Reis, mãe atípica, contou que sua filha Alana, de 16 anos - e que tem paralisia cerebral - vai participar do desfile. Além disso, ela reforçou que a ação faz abrir ainda mais os olhos da população para mostrar que nada pode impedir uma pessoa com deficiência de ser feliz.
"Estamos rompendo barreiras e mostrando para a sociedade que as pessoas com deficiência podem fazer o que quiserem, e que a inclusão é possível sim, basta que a sociedade as vejam com igualdade, sem discriminação", disse Carol, que é filha do cantor Biafra.

Os ensaios tiveram início em janeiro, todas as terças-feiras, na quadra da Unidos do Viradouro. Durante este período, os pais se dedicaram por horas para levar o melhor na avenida.
No último sábado (22), as crianças vivenciaram a Sapucaí durante o Ensaio Técnico. O público presente, lotando arquibancadas e camarotes, aplaudiu de pé a iniciativa.
Agora, a expectativa toma conta dos pais e das crianças, que estão ansiosos para desfilar pela primeira vez na avenida do carnaval carioca. "A expectativa é enorme! No ensaio técnico pudemos sentir a emoção da arquibancada e camarote aplaudindo e emocionada", relatou Carol.
O público pode esperar muita garra, emoção e principalmente uma Ala que transborda amor e inclusão. A Ala da inclusão por si só já é surpreendente
Este momento, segundo Carol, é de um sonho virando realidade. "Eu estou muito feliz. É um sonho que está virando realidade. Cada vez mais nós temos que ir quebrando essa barreira", contou emocionada.
Já para Paola Amaral, representante da Associação Fluminense de Reabilitação (AFR), a presença dessas crianças na avenida é a prova de que a música e o Carnaval podem ser ferramentas poderosas de inclusão e desenvolvimento.
“Acreditamos na inclusão como uma ferramenta potente que, na prática, sem militâncias, abre portas para as Pessoas com Deficiência (PCDs). E quando falamos isso, envolvendo a música, que é terapêutica e tem comprovação científica, o processo se torna ainda melhor”, destacou.
Para quem quiser acompanhar esse momento histórico, basta comparecer a Sapucaí no dia 7 de março, às 22h30.


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