Enfim, a vaga
Após reportagem, jovem será transferida para hospital em Niterói
Priscila Oliveira, de 26 anos, está com suspeita de câncer
Após a publicação da reportagem do ENFOCO no início da tarde desta quarta-feira (10), Priscila Oliveira da Costa, a jovem moradora do Complexo da Viradouro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, que enfrenta suspeita de Linfoma não-Hodgkin, conseguiu a tão aguardada transferência para o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap). A notícia foi divulgada pela Prefeitura de Niterói, na noite desta quarta.
Em resposta oficial, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou que a transferência da paciente foi agendada para esta quinta (11). "A paciente Priscila de Oliveira Costa encontra-se internada no Hospital Municipal Carlos Tortelly, no qual realizou diversos exames ambulatoriais e de imagens. A transferência para o Hospital Universitário Antônio Pedro está agendada para esta quinta-feira (11)", diz a nota na íntegra.
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Carlos Daniel do Nascimento, de 24 anos, marido de Priscila, recebeu a notícia por meio do ENFOCO e comemorou a vitória de sua família. O estudante de Farmácia, que vinha passando por momentos difíceis desde a suspeita de diagnóstico da sua esposa, compartilhou a emoção deste momento tão aguardado.
"Este é um momento de imensa alegria para nossa família. Era a notícia que tanto esperávamos. Não havia sido notificado sobre a transferência ainda, mas fiquei imensamente feliz. Agradeço profundamente pela matéria que foi publicada. É um alívio saber que agora Priscila terá a oportunidade de receber o cuidado necessário", enfatizou Carlos, enquanto tentava conter o choro.
O caso
Priscila Oliveira, de 26 anos, começou a sentir-se mal no início de dezembro de 2023, mas as dificuldades para realizar exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a levaram a desembolsar cerca de R$ 600 para exames particulares. Os resultados apontaram a suspeita do câncer, colocando a jovem em uma corrida contra o tempo para iniciar o tratamento.
Internada no Hospital Municipal Carlos Tortelly em Niterói, Priscila necessitava com urgência de uma biópsia para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. No entanto, o hospital administrado pela prefeitura não realizava o procedimento, e as tentativas de transferência para o Hospital Universitário Antônio Pedro foram inicialmente frustradas, alegando falta de vaga no CTI.
A situação angustiante levou o marido de Priscila a buscar ajuda na Defensoria Pública, resultando na obtenção de uma liminar para a transferência. Contudo, mesmo com a decisão judicial em mãos, a transferência ainda não havia sido efetivada.
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