Carnaval
Bloco “Não é Não!” leva folia e conscientização a Niterói
Evento reforça a luta contra o assédio e promove respeito

O Carnaval de Niterói ganhou um reforço essencial na luta pelo respeito e pela segurança das mulheres. O bloco Não é Não!, organizado pela Secretaria Municipal da Mulher, chamou atenção de quem passava pela Praça Arariboia, no Centro de Niterói, nesta sexta-feira (28). Além da festa, o evento traz uma mensagem poderosa contra o assédio e a importunação sexual.
Para dar voz a essa causa, a marchinha "Uma palavra basta", composta por Carolina Vergara e Nilze Benedicto, foi eleita pelo voto popular como o hino do bloco deste ano. A competição de marchinhas, organizada pela Secretaria da Mulher em parceria com a Fundação de Arte de Niterói (FAN), contou com 36 inscrições e valorizou letras que abordam respeito, diversidade e inclusão.
"A cada ano, buscamos ampliar tanto a divulgação quanto a estrutura do bloco. O Carnaval é um momento de alegria, mas também um período em que os casos de assédio aumentam, por isso essa iniciativa é fundamental. Usar a folia para conscientizar a população é essencial para combater essa problemática e garantir que as mulheres possam aproveitar a festa com segurança e liberdade", destacou a secretária municipal da Mulher, Thaiana Ivia.

A trilha sonora da folia fica por conta da banda “Um Amô”, um quarteto formado por quatro mulheres pretas, ritmistas e multi-instrumentistas do samba. O grupo animou os foliões com a marchinha vencedora e um repertório recheado de sucessos carnavalescos.
"É uma excelente iniciativa! Esse tipo de ação contribui para uma sociedade melhor e pode realmente transformar o comportamento de muitas pessoas. Pequenas mudanças fazem toda a diferença, e conscientizar durante o Carnaval é fundamental para que todos possam curtir com respeito e segurança", opinou o folião Nilo Oliveira, de 67 anos.
Para a foliã Claudia Regina, de 65 anos, a ação da prefeitura pode inspirar outras cidades. "Infelizmente, o assédio ainda é uma realidade preocupante. Isso mostra que nossa cidade está preparada para enfrentar esse problema e promover um Carnaval seguro para todos. Que essa iniciativa sirva de exemplo!", celebrou.
Além da música e da conscientização, o evento ofereceu aos foliões a oportunidade de customizar suas camisas carnavalescas com as oficineiras Quelli Quintanilha e Wyna Castanheira.
"O Carnaval é a celebração da cultura popular, da alegria e da diversão, mas também deve ser um momento de respeito às mulheres. Queremos fazer deste bloco uma grande festa, mas também um espaço de conscientização para o fim da cultura do assédio e do desrespeito", reforçou Ivia.


Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!