Família de frentista morto em Niterói pode processar Enel

Familiares do frentista Mateus Pereira da Silva, de 24 anos, que morreu eletrocutado após sofrer uma descarga elétrica no bairro Atalaia, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, na madrugada do último domingo (6), disseram que irão buscar esclarecimentos sobre o acidente junto à Enel, distribuidora de energia elétrica, o que pode gerar um processo contra a empresa. 

O velório do jovem aconteceu na tarde desta segunda-feira (7), no cemitério São Francisco Xavier, no bairro de mesmo nome, na Zona Sul de Niterói. Cerca de 100 pessoas compareceram ao local para dar o último adeus.

A cunhada de Matheus, Nathalia Vieira da Silva, de 32 anos, falou que a fiação estava muito baixa, o que causou a tragédia. Ela ainda reforçou que isso nunca tinha acontecido no local, que reforçou a revolta e a tristeza da família com a morte do jovem.

“Sempre foi um pai de família, um garoto trabalhador, amado por todos, querido por todo mundo, e agora? Só resta a saudade”, completou Nathalia.

Visivelmente abalada, a esposa de Matheus, Jessyca Assis dos Santos, 27 anos, também disse que irá atrás de providências.

Vamos esperar, primeiro, tudo se acalmar, mas com certeza vamos correr atrás disso porque é um pai de família que se vai. Foi um filho maravilhoso.

A esposa disse que o Botafogo, seu clube do coração, era seu maior amor. Mesmo sendo flamenguista, Jessyca compareceu ao velório do marido com a camisa do Alvinegro para prestar sua última homenagem.

“Esse time (Botafogo) era a vida dele. Mudava o humor, não falava com ninguém em hora de jogo. Era sempre brincalhão e animado, alto astral”, finalizou.

Contatada para comentar o caso, a Enel nos enviou a mesma nota que já havia encaminhado quando o caso foi noticiado, no domingo (6).

"A Enel Distribuição Rio lamenta profundamente o acidente ocorrido ontem (6), no bairro Atalaia, em Niterói, quando um jovem faleceu depois de se aproximar da rede elétrica da companhia. O morador subiu numa laje que estava em condição irregular, perto da rede de média tensão.

A distribuidora reforça o alerta dos riscos para a população de construir ou manusear objetos próximo à rede elétrica".