Paciência!
INSS: greve de peritos atrasa vida de beneficiários em Niterói
Alteração no atendimento gera queixas
A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está afetando o atendimento na unidade do bairro de Fátima, em Niterói. A situação é complicada para aqueles que precisam realizar perícias para obter ou manter o auxílio-doença.
Nesta sexta-feira (13), a advogada Renata Castelo, de 45 anos, se viu em uma situação frustrante ao tentar levar seu pai, Eduardo Castelo, de 93 anos, para uma perícia.
Apesar das condições de saúde debilitadas do idoso, que inclui cardiopatia, diabetes e uma bolsa de colostomia, Renata foi informada que ele não era prioridade.
“Chegamos aqui e fomos avisados que meu pai não iria ser atendido porque ele não é prioridade. Onde um idoso de 93 anos não é prioridade?”, questionou Renata.
De acordo com a advogada, a unidade informou que os peritos estavam atendendo apenas aqueles que não recebem nenhum benefício, deixando de lado casos como o de seu pai, que buscava o acréscimo de 25% na aposentadoria devido à sua dependência.
Renata mencionou que não houve aviso prévio sobre a alteração no atendimento e lamentou o tempo e dinheiro gastos, já que teve que ir ao local de carro de aplicativo.
“Ninguém nos avisou nada. Já estava tudo agendado direitinho. Saímos de Santa Rosa para vir pra cá. Agora vamos ter que reagendar”, lamentou.
Na unidade, cartazes informam sobre a greve, que não tem previsão de término. Apesar da situação, procurado, o INSS diz que está operando normalmente sem informação de incidentes no atendimento.
"A greve nacional é deflagrada pelos peritos médicos - servidores não subordinados ao INSS, vinculados diretamente ao Ministério da Previdência; esclarecemos ainda que o INSS está realizando todas as remarcações necessárias das perícias não atendidas, devendo o cidadão consultar a nova data pelo 135".
Ministério admite problemas
O Ministério da Previdência Social admitiu que a greve dos peritos médicos impacta os atendimentos mas disse que atua para minimizar problemas.
"O INSS está remarcando as perícias que deixam de ser realizadas em função da paralisação. Todo modo, reforçamos que não há paralisação total dos atendimentos e a maior parte das perícias está sendo realizada normalmente", disse o órgão em nota.
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