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    Segurança luta pela vida após retirar sisos em Niterói

    Família reclama de atendimento em hospital, que nega acusações

    Publicado 08/06/2024 às 8:52 | Atualizado em 08/06/2024 às 9:11 | Autor: Tiago Souza
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    João Marcos de Souza, de 53 anos, está internado no Hospital Santa Martha
    João Marcos de Souza, de 53 anos, está internado no Hospital Santa Martha |  Foto: Reprodução

    Uma cirurgia para extração de sisos se transformou em um pesadelo para o segurança João Marcos de Souza, de 53 anos e morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Após passar por uma intervenção odontológica em um consultório no Centro de Niterói, João Marcos foi internado às pressas no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Santa Martha, no bairro Santa Rosa, devido a complicações graves em seu estado de saúde. A família do paciente aponta problemas no atendimento médico.

    No dia 5 de março deste ano, João Marcos foi submetido à cirurgia de extração de quatro sisos em um consultório dentário localizado na Avenida Ernani do Amaral Peixoto.

    "Meu cunhado voltou para casa no dia 5 e no dia 6 começou a passar mal. Ele retornou no consultório e receitaram um anti-inflamatório e antibiótico”, contou.

    O procedimento, que deveria ser simples, resultou em complicações sérias. Mesmo seguindo o tratamento prescrito, João Marcos não apresentou melhora em seu quadro clínico. Diante da gravidade, ele buscou atendimento no Hospital Santa Martha, onde trabalha. A família esperava um tratamento mais eficaz por se tratar do seu ambiente de trabalho, porém, segundo os parentes, não foi isso que aconteceu.

    Os familiares contrataram um médico de fora da unidade de saúde para avaliar o estado de João Marcos, que acabou sendo internado no CTI do hospital e necessitando de ventilação mecânica. Claudiomira relatou que houve resistência por parte do hospital em fornecer o tratamento adequado ao paciente, mesmo diante das contestações da família.

    “Eles queriam transferir o meu cunhado para o quarto. Ele não pode ser transferido para o quarto porque ele precisa de atendimento intensivo. Se o oxigênio dele baixar, como vão saber? Tivemos que contratar um neurologista de fora para poder fazer uma avaliação no João Marcos. Ele analisou o caso, pediu novos exames e viu que ele não era paciente paliativo, pois já estavam querendo aplicar morfina nele”, contou.

    "Ele está há 80 dias internado no CTI, nem fisioterapia está sendo realizada. Ele está muito tempo parado, tem que pelo menos usar aparelhos para estimular a movimentação", completou Claudiomira.

    Ainda segundo ela, os familiares notaram que, por conta das contestações, o hospital deixou de dar atenção necessária para o paciente.

    “Fiquei envergonhada em chegar no hospital e saber que não estavam nem dando banho no meu cunhado”, disse.

    Procurado pelo ENFOCO, o Hospital Santa Martha, administrado pela Notre Dame Intermédica, nega as acusações. 

    "A empresa ressalta e assegura que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para garantir o bem-estar do paciente, recebendo cuidados médicos especializados, monitoramento contínuo e tratamento adequado. Esclarecemos que não houve prescrição de morfina por motivos paliativos e sim estritamente para fins clínicos e terapêuticos. Todas as informações pertinentes ao estado de saúde e ao plano de tratamento estão sendo compartilhadas e discutidas em colaboração com a família e seu médico designado. A empresa informa ainda que a alta da UTI foi direcionada pelo próprio médico contratado pela família˜, diz a nota, na íntegra.

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