Contaminação
Tolueno: entenda sobre a substância que contaminou a água da Cedae
Substância é usada como solvente em indústrias
A Cedae interrompeu a produção de água na madrugada de quarta-feira, após alteração na qualidade da água tratada pelo Sistema Imunana-Laranjal. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a água foi contaminada por um poluente. Trata-se do tolueno, um produto químico que pode ser encontrado em borrachas, colas, diluentes de tinta, entre outros.
Na manhã desta quinta-feira (4), o ENFOCO esteve na Estação de Tratamento da Cedae, localizada no Laranjal, em São Gonçalo, para esclarecer algumas dúvidas em relação às causas e consequências da contaminação no sistema de abastecimento.
‘’É um composto orgânico, geralmente utilizado como solvente em indústria. Nós já estamos identificando com os múltiplos órgãos, acionamos os órgãos ambientais, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, para fazer essa investigação e a Cedae vem acompanhando a ação deles.’’, explicou a gerente do sistema operacional da Companhia, Elisa Santos.
O produto também conhecido como metilbenzeno (methybenzene, em inglês), é um hidrocarboneto aromático - compostos orgânicos formados exclusivamente por átomos de carbono e hidrogênio - inflamável, incolor e danoso à saúde se ingerido ou inalado.
Apesar dos riscos, a profissional garante que não há riscos de contaminação em relação a água distribuída até a madrugada da quarta-feira:
‘’A partir do momento que a gente identificou a alteração do parâmetro, suspendemos a produção da água. Então, não tem risco algum da água que foi introduzida e distribuída, de ser consumida.’’, afirmou.
Ainda segundo Elisa, as únicas medidas que podem ser tomadas pela Companhia é a suspensão do processo de produção e tratamento da água. ‘’A Cedae vende água no atacado para duas grandes concessionárias, uma no município de São Gonçalo e outra no município de Niterói. Essas concessionárias estão vendo seus planos de contingência. A Cedae nesse momento não tem água para fornecer.’’
Cabe, então, às concessionárias, fornecer planos alternativos de abastecimento para os moradores afetados.
A Polícia Civil informou ao Enfoco, que uma investigação está em curso para apurar a origem do produto químico. ‘’O caso foi registrado na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que imediatamente enviou uma equipe ao local de captação de água para colher informações. A investigação está em andamento.’’
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